Hub da TAM na rota da verdade

O Aeroporto dos Guararapes é o melhor do Nordeste, segundo pesquisa

Depois de tanta especulação em torno da localização do hub da TAM (centro de distribuição de voos), uma pesquisa encomendada pela Fundação Comissão de Turismo Integrado do Nordeste (CTI-NE) apresenta a verdade que os cearenses não querem aceitar.

Disputam o equipamento as cidades de Recife, Natal e Fortaleza, todas querendo voar mais alto e vencer as turbulências que se apresentam na rota para uma aproximação de pouso até o fim deste ano. É uma disputa acirrada, um salve-se quem puder!

Natal joga com um aeroporto novo e de condições técnicas compatíveis, enquanto Fortaleza encara um aeroporto com obras inacabadas e uma localização inadequada para a construção de uma nova pista. A partir desta realidade surgem opções insensatas, com mágicas para aquisição de terreno e construção da nova pista, sem levar em consideração os custos e a demora para esta execução.

Recife voa alto e coloca o Aeroporto dos Guararapes em primeiro lugar na preferência de 45% dos entrevistados na pesquisa da CTI-NE como o mais indicado para receber o centro de conexões da TAM. Fortaleza ficou em segundo, com 37%, enquanto Natal obteve 11% de preferência.

Os dados da pesquisa apontam o Aeroporto dos Guararapes como o melhor do Nordeste, citado por 37% dos viajantes como o mais estruturado da região. O de Fortaleza vem em seguida com 21% e o de Salvador com 15%. Natal ficou com 5%. Os aeroportos de Maceió, João Pessoa e Aracaju empataram com 2% cada.

Para as autoridades do Ceará (públicas e privadas), é como se esta fosse a única oportunidade para o crescimento do turismo, com geração de emprego e renda. Isto é incontestável, mas temos que ser humildes e reconhecer que estamos com um aeroporto encurralado na área urbana, sem asas para voar.

O empreendimento não merece nem mesmo os investimentos previstos, pois sua estrutura não acompanha o crescimento da demanda numa previsão futurista. Uma decisão lógica seria a construção de um aeroporto fora da cidade, seguindo as vozes do passado, que o projetavam em Aquiraz.