Com um ano de funcionamento, o Museu do Amanhã é o mais visitado |
Em uma sociedade complexa como a brasileira, o papel dos museus é de
fundamental importância para a valorização do patrimônio cultural como
dispositivo estratégico de aprimoramento dos processos democráticos. Para
cumprir essa função, esses espaços devem estar a serviço da sociedade e do seu
desenvolvimento.
Apesar do aumento gradual e constante
nos últimos anos, o número de visitantes em museus daqui ainda é muito baixo em
relação a outros países. E são várias as explicações para a baixa procura.
Segundo Nelson
Colás, diretor de Relações Institucionais da Federação de Amigos de Museus do Brasil (Feambra), uma das causas é a falta de hábito
do brasileiro de frequentar esses locais. “Por sermos um país jovem, com uma
grande miscigenação ética e educação patrimonial ainda tão precária, também
existem aqueles que acham que só o que é novo é bom e interessante”, diz Colás.
A falta de conhecimento e reconhecimento com o que está sendo exposto em
instituições culturais também justificam esse distanciamento. O fator
principal, no entanto, pode até parecer óbvio: o Brasil possui poucos centros
culturais. Segundo o Panorama Museus no Brasil de 2010, levantamento realizado
pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), dos mais de 5.500 municípios
brasileiros, 78,9% não possuem museus.
Mas há também números positivos. O índice de museus da Themed
Entertainment Association (TEA), publicado na revista “The Art Newspaper”, mostra que 38
museus pelo mundo levaram cada um mais de dois milhões de visitantes em 2016. O
Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, aparece em 34º nesta lista,
com 2,216 milhões de visitantes. O outro CCBB, de Brasília, levou 1,468 milhão
de visitante em 2016. O CCBB de São Paulo levou quase 1 milhão de pessoas,
Segundo o Ibram, autarquia vinculada ao Ministério da Cultura, os
museus mais visitados do país em 2016, exceto os CCBBs, foram: Museu do Amanhã, no Rio (1,4 milhão de
visitantes); Museu da Imagem e do Som, em São Paulo (446 mil
visitas); Masp (408 mil); MAR – Museu de Arte do Rio
(404 mil); Museu Imperial, em Petrópolis (368 mil); Pinacoteca do Estado
de São Paulo (325 mil); Instituto Inhotim, em Minas (322 mil); Museu
do Futebol, em SP (320 mil) e Museu Histórico Nacional, no Rio (125 mil).
Ao analisar esses números,
verificamos que o aumento da visitação se deve muito às exposições de artistas
e temas relevantes e à divulgação maciça pela mídia. Museus que se dedicam à cultura
brasileira têm posição de destaque, como o MIS, Museu Imperial, Museu do
Futebol, Museu Histórico Nacional, entre outros. (www.feambra.org)
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