Os voos charters não precisam mais de
autorização prévia da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para serem
realizados. As novas regras entraram em vigor no final de março. O setor do
turismo comemora a novidade, que deverá estimular a aviação regional e,
consequentemente, o uso de aeroportos de
menor porte em todo o país, impulsionando o turismo doméstico.
“Os impactos serão expressivos, pois
acreditamos que essa normatização resultará na entrada de 10 milhões de
brasileiros no mercado de viagens e essa é uma grande conquista e mais um passo
que damos em direção ao reconhecimento do setor como um importante pilar da
nossa economia”, comentou o ministro do Turismo, Marx Beltrão.
A medida contribuirá com a melhoria
da infraestrutura dos aeroportos de pequeno porte, que deverão passar a contar
com aparelhos de raio-x e bagagens para aumentar a segurança do voo e dos
passageiros, o que poderá despertar o interesse das empresas na operação de voos
regulares.
Para Luiz Eduardo Falco, presidente
da CVC, maior operadora de voos fretados do Brasil, principalmente nas
temporadas de férias escolares e de verão, a partir de agora os operadores
poderão negociar com os destinos e os demais setores envolvidos nos voos
charters com mais liberdade. “Por exemplo, um destino que reduzir tarifas e
impostos como o do querosene poderá levar vantagem caso deseje receber aviões
fretados ao se tornar mais competitivo”, comenta.
O diretor-executivo da Abav
Nacional, Gervásio Tanabe, ressaltou que o aumento da concorrência poderá
ter impacto nos custos para os passageiros. “A possibilidade de negociação
direta entre as agências de viagens e operadoras de turismo com as companhias
aéreas e os aeroportos, no que tange a horários e tarifas, abre uma flexibilidade
muito importante e amplia a concorrência nas relações comerciais, o que poderá
viabilizar redução de custos, inclusive para o passageiro, além de
desburocratizar os processos operacionais. Esse é um pleito que a Abav já vem
defendendo há bastante tempo”, afirma.
CARACTERÍSTICA
Em geral, os voos charters ocupam
horários ociosos dos aeroportos e são utilizados principalmente para viagens de
lazer com duração de uma semana. Por esse motivo, os custos são reduzidos e
chegam até a metade do preço de um voo regular das empresas aéreas. Como são
voos contratados por operadoras de turismo ou agências de viagem para atender a
um destino específico, o passageiro não pode remarcar as datas ou endossar o
bilhete em outra companhia.
Fonte: Agência de
Notícias do Turismo
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