Paraty e Ilha Grande são Patrimônio Cultural e Natural Mundial da Unesco |
Paraty e Ilha Grande, no Rio de
Janeiro, receberam, nesta sexta-feira (5), o título de Patrimônio Cultural e
Natural Mundial da Unesco. Com o reconhecimento internacional, a região se
tornou o primeiro sítio misto do Brasil. A decisão foi dada por um conjunto de
21 integrantes da entidade em Baku, Azerbaijão. Agora, o Brasil possui 22 bens
na lista de sítios de excepcional valor universal.
O título abrange áreas de seis municípios dos estados de São
Paulo e Rio de Janeiro, sendo que a maior parte está em Paraty (RJ) e Angra dos
Reis (RJ). A região preservada inclui, ainda, Ubatuba (SP), Cunha (SP), São
José do Barreiro (SP) e Areais (SP). Com cerca de 85% da cobertura vegetal
nativa bem conservada, a área forma o segundo maior remanescente florestal do
bioma Mata Atlântica e é cercada por quatro áreas de conservação ambiental,
além de ser palco de um dos principais centros históricos e culturais do país.
Além da sua extensão, as diferentes fisionomias vegetais
permitem a ocorrência de uma fauna e flora com diversas espécies raras e
endêmicas. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil é considerado o número
um em riquezas naturais e o 8º em bens culturais, dentre todas as nações do
mundo.
No último dia 19 de junho, o
ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, se reuniu com diretores da Unesco,
em Paris, para reforçar e apoiar a candidatura de Paraty e Ilha Grande, além de
outras regiões turísticas brasileiras a títulos mundiais. Para ele, o
reconhecimento é um importante aliado para o desenvolvimento turístico do
Brasil.
A diretora e representante da Unesco
no Brasil, Marlova Lovchelovitch Noleto, destacou a diversidade cultural e
natural que a região possui. “Formada pelo intercâmbio das culturas indígena,
africana e caiçara que se expressam nos bens culturais da cidade, Paraty
engloba uma fusão de características próprias do patrimônio material e
imaterial. Ao mesmo tempo, a cidade apresenta exemplos de povos tradicionais
que usam a terra e o mar de forma sustentável, demostrando a interação do homem
com o meio ambiente. Ao se unir à Ilha Grande, o sítio torna-se ainda mais
representativo com áreas de beleza natural excepcional”, pontuou.
Acompanhando a decisão, em Baku,
a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan),
Kátia Bogéa, comemora a volta para a casa com mais esse título na bagagem do
Brasil. “Em Paraty e Ilha Grande, vemos de maneira excepcional e única uma
conjunção de beleza natural, biodiversidade ímpar, manifestações culturais, um
conjunto histórico preservado, e testemunhos arqueológicos importantes para
a compreensão da evolução da humanidade no planeta Terra”, ressaltou a
presidente.
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