segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Câmara Setorial de Turismo e Eventos avança para fortalecer o turismo

Anya Ribeiro

A atividade turística nem sempre se nivela a outras atividades economicamente mais produtivas. Para vencer este obstáculo e colocar o turismo no seu devido lugar, a presidente da Câmara Setorial de Turismo e Eventos (CSTE), Anya Ribeiro, está buscando integração com outros setores produtivos e promovendo a descentralização  das atividades turísticas representadas na CSTE, no Estado.

A CSTE faz parte da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (ADECE), órgão de execução da política econômica do governo, que atua  envolvendo vários setores, identificando entraves e oportunidades para o desenvolvimento das respectivas cadeias produtivas. Além da parceria com outras Câmaras Setoriais,  a CSTE articula junto à instituições membros, ações nos eixos da Educação, Meio Ambiente, Crédito e Dados Econômicos para  vencer os gargalos existentes no setor  e avançar na economia do turismo.

Anya Ribeiro observa que é grande a necessidade de crédito para o setor e vê esta oportunidade na utilização dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), operado pelo Banco do Nordeste (em 2019 disponibilizou R$ 85 milhões para o turismo e só foram contratados R$ 25 milhões). A presidente da CSTE reconhece que a burocracia e exigências de garantias para a utilização das linhas de créditos não se adequam às pequenas empresas, a imensa maioria dos negócios do turismo. Com o intenso trabalho e a participação da CSTE no planejamento do FNE o setor foi muito bem acolhido pela superintendência do banco, que definiu  para o turismo, em 2021, o total de R$129 milhões, o segundo maior valor dentre os estados do Nordeste.

Segundo Anya Ribeiro, falta reconhecimento da importância estratégica do setor do turismo para mudar o desequilíbrio econômico e  social das regiões interiores do Ceará, bem como clareza na classificação nacional das atividades turísticas, CNAES (Código Nacional de Atividades Econômicas), sendo  essas apropriadas na maioria para o setor de comércio e serviços. Há ainda carência de dados e grande parcela de informalidade no setor, tanto na capital quanto no interior. “O dinheiro roda, mas, não é computado para o turismo”, o que faz com que outros setores tenham mais peso.  

O QUE É O FNE

O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) é um instrumento de política pública federal, operado pelo Banco do Nordeste, que objetiva contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região. Provido de recursos federais, o FNE financia investimentos de longo prazo e, complementarmente, capital de giro ou custeio. São contemplados com financiamentos os setores agropecuário, industrial, agroindustrial, turismo, comércio, serviços, cultural e infraestrutura.

 

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