Proposta de medidas emergenciais voltada aos meios de hospedagem une trabalhadores e empresários dos diferentes meios de hospedagem e pede uma rápida resposta do poder público em âmbito federal, estadual e municipal
Empresários e colaboradores dos
meios de hospedagem ajudaram a criar o Plano São Paulo; foram os pioneiros na
adoção de rígidos protocolos sanitários e estão conscientes da real necessidade
das medidas restritivas estabelecidas, de acordo com cada uma das fases
estabelecidas com base em critérios científicos pelo Comitê de Contingência do
Coronavírus. Unidos, defendem vacina já para todos e um maior e melhor controle
da pandemia.
TRAGÉDIA ANUNCIADA
Para evitar ampliar uma tragédia
anunciada, que além de sanitária agora deflagra um impacto social, de dimensões
sociais sem precedentes, as associações hoteleiras, os sindicatos de
trabalhadores e patronais se unem para sensibilizar o poder público por medidas
emergenciais.
No início da pandemia, em marco
de 2020, o setor estava fortalecido de bons resultados em 2019. Nesse momento,
os incentivos governamentais (sobretudo trabalhistas) ajudaram os
empreendimentos e colaboradores nos primeiros meses da pandemia e mantiveram o
ritmo de trabalho entre as diferentes fases ao longo do ano de 2020, com investimento
em protocolos de segurança, treinamento, comunicação com o mercado, sempre se
adaptando às restrições impostas pelo momento. Atualmente, as reservas
financeiras terminaram, o crédito não chegou para todos e aqueles que
conseguiram, precisam ter fôlego para honrar com todas as suas despesas.
O acúmulo de prejuízos foi
severo. Pesquisas apontam que, no estado de São Paulo, os meios de hospedagem
fecharam o segundo semestre do ano passado com uma taxa média de ocupação
insustentável: 24%. Pior, em algumas regiões, como na capital, com pífios 5%.
Assim, beirando 0% de ocupação, empresários e colaboradores do setor
ingressaram na fase vermelha e com 100% de prejuízo.
Com isto, propõem ações que
minimizem o impacto da queda drástica nas taxas de ocupação, agravada pela fase
emergencial decretada pelo governo do estado para vigorar até o dia 11 de abril
de 2021. São 28 dias seguidos somando às dívidas 100% de prejuízo.
MEDIDAS DE APOIO SÃO FUNDAMENTAIS
O setor reivindica:
- Agilidade e financiamentos dos
bancos públicos;
- Isenção de tributos para o ano
de 2022, a exemplo do IPTU, com parcelamento dos impostos devidos;
- Que os municípios façam refis
relativos aos impostos de 2020 e 2021;
- Renegociação das contas de luz,
água e gás para que não sejam cortados por falta de pagamento pelos próximos
seis meses;
- Urgência na implementação da PL
936, sobre suspensão de contratos de trabalho.
É preciso impedir que o cenário
dramático comprometa a matriz econômica do mercado de viagens, turismo e
eventos. E, muito além da sustentabilidade empresarial, tais medidas devem
combater o desemprego e falta de renda de milhares de famílias. São ações de
humanidade a todos os colaboradores e familiares dos trabalhadores do setor.
O setor esclarece ainda que o
faturamento perdido não se recupera. Ao contrário de outros segmentos, a
hotelaria não dispõe de estoque. Um apartamento que ficou sem ocupação impõe
perdas irrecuperáveis. E a falta de ajuda resulta no acúmulo de dívidas e em
inevitável inadimplência.
BOLSA AUXÍLIO PARA OS COLABORADORES
A união de esforços da sociedade
civil organizada também busca credenciar escolas de Hotelaria dos Sindicatos
Laborais e Patronais para efeito do Benefício Bolsa Auxílio, da Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, para comtemplar o conjunto de trabalhadores dos
meios de hospedagem.
A mobilização em favor do
conjunto das medidas propostas ao poder público, em todas as esferas do poder,
conta com o engajamento das seguintes instituições:
Associação Brasileira da
Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH-SP); Brasilian Luxury Travel
Association (Blta); Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb); Federação
de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo; (Fhoresp);
Associação Brasileira de Resorts (Resorts Brasil); Sindicato dos Trabalhadores
em Hotéis, Apart Hotéis, Motéis, Flats, Pensões, Hospedarias, Pousadas,
Restaurantes, Churrascarias, Cantinas, Pizzarias, Bares, Lanchonetes, Sorveterias,
Confeitarias, Docerias, Buffets, Fast-Foods e assemelhados de São Paulo e
região (Sinthoresp) e São Paulo Convention and Visitors Bureau (Visite São
Paulo).
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