Edgony Bezerra - jornalista
Falta segurança aos banhista no Buraco Azul |
Nosso turismo é praticado com
risco constante: são passeios de buggies, quadricíclos, cavalos, ultraleves e
tirolesas. Em todos, o risco de acidente é constante e não há atendimento para
socorrer as vítimas. Várias vezes turistas sofreram acidentes em Jericoacoara e
não receberam atendimento por falta de condições no posto de saúde de Jijoca de
Jericoacoara. Não há postos de saúde e nem mesmo um atendimento de primeiros
socorros em todo o litoral cearense. A única exceção é o Beach Park e nada
mais.
Hoje, o tema ganhou as manchetes.
Enquanto assimilávamos o acidente ocorrido com um turista do Rio de Janeiro
numa tirolesa em Tatajuba, município de Camocim, ocorreu um caso mais grave com
a morte por afogamento de um turista de São Paulo, no Buraco Azul, na localidade
de Caiçara, município de Cruz, ambos no litoral oeste do Ceará e incluídos como
atrativos de Jericoacoara. No caso do Buraco Azul, houve reação do público com
depredação de uma barraca.
Fica difícil acreditar que uma
atividade econômica tão importante para o desenvolvimento do Estado continue
com práticas amadoras, sem planejamento e sem fiscalização. Na capital,
Fortaleza, não é diferente. Além da violência urbana, não há ordenamento da
oferta turística. Os passeios acontecem livremente, ofertados na praia, sem
nenhum vínculo empresarial. Não há preocupação com isto. Os vendedores de rua
estão facilmente comercializando nas calçadas. Salve-se quem puder, e assim
caminha o turismo cearense.
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