Por Editores do Diário do Turismo
Guillhermo Alcorda no comando de mais um Fórum Panrotas FOTO: Arquivo Panrotas/Emerson de Souza |
CONSELHO EDITORIAL DO DT
Principal fonte de atualização, conhecimento, informação,
tendências e reflexões, não é de admirar que tanto audiência como
patrocinadores disputem avidamente por um lugar ao sol no encontro.
Este ano não foi diferente. Os registros do movimento nos
dias 21 e 22 de junho comprovam. Um público superior a 1300 participantes – o
que obrigou os organizadores a encurtar o prazo de inscrições para evitar
overbooking – tornou o Fecomercio, em São Paulo, pequeno para abrigar daqui
para a frente a expansão do evento. Por isto nos dias 7 e de março de 2023 o
Fórum passa a ser realizado no WTC Events Center, que oferece um espaço maior.
Da mesma forma, houve um recorde de patrocinadores. Foram 40
marcas, em um aval que mescla o prestígio da Panrotas com os bons resultados
para os negócios ao se associar ao encontro.
Qual o segredo de tanto sucesso do Fórum Panrotas? Apenas a
carismática e indispensável liderança de Guillermo Alcorta, fundador da
empresa, somado à sorte de contar com um sucessor como seu filho José
Guilherme, bem-preparado e competente? Ou a equipe permanente, sincronizada,
motivada e criativa, e que se sente como parte da família?
É tudo isto junto, e mais um tripé que gera uma verdadeira
usina de sucesso. O trio é formado pela qualidade do conteúdo, que merece
maiores detalhes a seguir; o primor de organização, graças a uma perfeita
orquestração de 200 profissionais de serviços nos bastidores; e a oportunidade
de gerar network e interação entre os participantes durante os diversos
momentos da programação.
O
faro apurado para detectar temas relevantes e atuais que interessam a indústria
como um todo, mas
sem deixar de lado qualquer segmento, dão ao Fórum Panrotas uma característica
única. Trata-se de sua capacidade infinita de renovação, antenada com as
expectativas dos trade. Com isto o evento ganha flexibilidade e humanidade.
Contrasta com a rigidez das fórmulas gastas e a mesmice que permeiam encontros
similares. Um bom exemplo desta iniciativa foi a decisão de abandonar este ano
a figura de um mestre de cerimônias convencional. No seu lugar, houve um
rodízio de quem faz o dia a dia do turismo. Isto contribuiu para que o evento
ganhasse uma simpática autenticidade e uma demonstração de valorização e
contribuição à autoestima dos profissionais do mercado.
Na programação eclética coube um pouco de tudo. Desde painéis
com os maiores players da América Latina (do Despegar / Decolar.com ao BeFly;
du da Gol a Latam) até pesquisas inéditas de interesse do setor, apresentações
de destinos, tecnologias, parques e atrações, hotelaria e agências. Não foram esquecidos
temas como diversidade e inclusão social, inovação, experiências em viagens, e
avaliação do momento político pelo jornalista William Waack.
De forma democrática, subiram ao palco dirigentes, gestores e
profissionais que atuam no mercado turístico do país. Artistas como Gabriel
Satler e Miguel Falabella também deram sua contribuição ao clima de emoção e
reencontro pós-pandemia que permeou durante os dois dias do encontro.
No 19º Fórum Panrotas surgiram novas tendências para viagens
e turismo, das quais destacamos dez:
• O mercado já
trabalha com o fim, ou pelo menos, aprendeu a conviver com sua presença agora
atenuada, e incorporou as medidas sanitárias de forma permanente. O consumidor,
cansado da pandemia, está voltando a viajar em ritmo acelerado.
• Neste
primeiro momento o foco das viagens é principalmente doméstico, com prioridade
para destinos regionais. Existem enormes oportunidades neste instante para o
turismo doméstico. O público de lazer está aumentando mais rápido que o
corporativo.
• O Brasil é um
destino privilegiado por oferecer condições únicas diante das preocupações
pós-pandemia. Conta com um potencial turístico e características que serão
muito valorizados nesta pós-pandemia.
• O
reconhecimento do papel do agente de viagens cresceu durante a pandemia,
principalmente quando se fez necessária uma presença física em emergências.
Além disso, pesquisas indicam que a maioria dos consumidores ainda usa o agente
de viagens para suas viagens.
• A pandemia
produziu mudança de hábitos, o que exige dos operadores de turismo cada vez
mais recursos tecnológicos e flexibilidade nos processos e métodos de
pagamentos. Na prática, as agências físicas estão se tornando também OTAs, com
seus acessos multicanais.
• O viajante
não busca apenas passagens e hospedagem, mas obter experiências e
participações, seja em atrações, eventos ou outras atividades do destino a que
se dirige. “O que fazer” é algo que geralmente não está no radar, ou é pouco
explorado na comercialização, embora represente a terceira maior fonte de
gastos do turista. Isto se traduz em oportunidade de negócios em potencial,
tanto para agências como hotéis.
• As agências
precisam vender mais que hotéis e aviões, buscar rentabilidade em atividades
complementares. Daí estão surgindo ecossistemas, capazes de alavancar negócios
e gerar novas oportunidades.
• A pandemia
permitiu uma retomada mais rápida às locadoras de carros, que agora buscam
desenvolver novos produtos e gerar demandas adicionais.
• A diversidade
e a inclusão estão deixando de ser uma intenção para se tornar uma exigência.
Mais que reconhecer que as pessoas são diferentes, o consumidor cobra cada vez
mais soluções adaptadas por tipo de público, não-discriminatórias, e
não-exclusivas.
• A preocupação
ecológica vai ditar quais operadores do turismo vão permanecer no mercado, ou
se tornar marginalizados por não adotar práticas compatíveis com o meio
ambiente.
Fórum Panrotas, uma forma do sucesso.
Transcrito do Diário do Turismo
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