De acordo com o especialista, de 20% a 25% das pacientes experimentam sintomas significativos de depressão durante o tratamento da neoplasia. Em estudo publicado no British Medical Journal, até 45% das mulheres relataram algum grau de depressão ou ansiedade dentro de um ano após o diagnóstico. “Este número varia com base em vários fatores, incluindo o estágio do câncer, o tratamento e o apoio social disponível para a paciente. A depressão pode afetar adversamente a qualidade de vida, a adesão e os resultados do tratamento, sendo fundamental o seu reconhecimento e manejo adequado em pacientes com câncer de mama”.
O psiquiatra Lucas Benevides cita as consequências da doença |
OUTUBRO ROSA
Tanto no Brasil quanto no exterior, o Outubro Rosa é dedicado a disseminar informações e criar consciência sobre o câncer de mama. O objetivo principal é contribuir para a redução da incidência da doença e da sua taxa de mortalidade. No Brasil, o câncer de mama também acomete homens, embora seja mais raro, representando menos de 1% do total de casos da doença. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo.
As estimativas do INCA para o biênio 2020-2022 apontaram que o Brasil teria cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama por ano, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres - podendo variar de acordo com a região, sendo mais alta nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Lucas Benevides valoriza o impacto positivo da conscientização promovida pela campanha Outubro Rosa na saúde mental das pacientes com câncer de mama. “A conscientização pode levar a um maior apoio comunitário, reduzindo o estigma e promovendo a empatia”, completa.
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