segunda-feira, 27 de abril de 2015

Beleza poluída no Rio de Janeiro

Este é o cenário que o Rio de Janeiro exibe aos olhos do mundo
O Brasil debocha de sua beleza e não valoriza o meio ambiente. Esta é a conclusão de quem viu a Baia de Guanabara exibida pelo Fantástico na noite de ontem, dia 26 de abril. Há de tudo um pouco, como caixa de peixe, botijão de gás, mochila, pneus, tênis e peixes mortos, muitos peixes.

Segundo o programa, 55 rios que passam por 16 municípios antes de desaguar na Baía de Guanabara trazem, além de lixo, 18,4 mil litros de esgoto por segundo. É inacreditável que o governo do Estado conviva com esta situação há 20 anos e que já tenha contraído empréstimos de cerca de R$ 10 bilhões para recuperar a baía.

Uma das promessas mais antigas ouvidas no Brasil. “Nós vamos utilizar esses recursos se possível nos meus quatro anos”, disse Marcelo Alencar em 1995. “Estão dentro do cronograma, prevista para serem encerradas em 2003”, prometeu Garotinho em 2002.

“Já está atrasada de novo a obra, nós vamos ter que renegociar os prazos e eu quero adiantar e garantir a segunda fase de despoluição”, disse Rosinha em 2003.

“Eu não tenho a menor dúvida de que é um programa importantíssimo. Nós temos que convencer os japoneses, os bancos internacionais a continuarem investindo”, destacou Sérgio Cabral em 2006.

“Vai melhorar a vida do entorno da Baía de Guanabara e de diversas cidades”, afirmou Luiz Fernando Pezão em 2014.

Diante de tanta demora, a previsão de recursos passa para R$ 12 bilhões para atingir a meta. O certo é que neste cenário poluído e de muitas promessas inúteis vão se realizar as Olimpíadas de 2016. Quando o Rio de Janeiro ganhou a candidatura para o evento, o compromisso era tratar 80% de todo o esgoto despejado na Baía de Guanabara. Seria o maior legado das Olimpíadas. Se a promessa tivesse sido cumprida. 

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