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Este é o cenário que o Rio de Janeiro exibe aos olhos do mundo |
O Brasil debocha de sua beleza e não valoriza o meio
ambiente. Esta é a conclusão de quem viu a Baia de Guanabara exibida pelo
Fantástico na noite de ontem, dia 26 de abril. Há de tudo um pouco, como caixa
de peixe, botijão de gás, mochila, pneus, tênis e peixes mortos, muitos peixes.
Segundo o programa, 55 rios que passam por 16 municípios
antes de desaguar na Baía de Guanabara trazem, além de lixo, 18,4 mil litros de
esgoto por segundo. É inacreditável que o governo do Estado conviva com esta
situação há 20 anos e que já tenha contraído empréstimos de cerca de R$ 10
bilhões para recuperar a baía.
Uma das promessas mais antigas ouvidas no Brasil. “Nós
vamos utilizar esses recursos se possível nos meus quatro anos”, disse Marcelo
Alencar em 1995. “Estão dentro do cronograma, prevista para serem encerradas em
2003”, prometeu Garotinho em 2002.
“Já está atrasada de novo a obra, nós vamos ter que
renegociar os prazos e eu quero adiantar e garantir a segunda fase de
despoluição”, disse Rosinha em 2003.
“Eu não tenho a menor dúvida de que é um programa
importantíssimo. Nós temos que convencer os japoneses, os bancos internacionais
a continuarem investindo”, destacou Sérgio Cabral em 2006.
“Vai melhorar a vida do entorno da Baía de Guanabara e
de diversas cidades”, afirmou Luiz Fernando Pezão em 2014.
Diante de tanta demora, a previsão de recursos passa
para R$ 12 bilhões para atingir a meta. O certo é que neste cenário poluído e
de muitas promessas inúteis vão se realizar as Olimpíadas de 2016. Quando o Rio
de Janeiro ganhou a candidatura para o evento, o compromisso era tratar 80% de
todo o esgoto despejado na Baía de Guanabara. Seria o maior legado das
Olimpíadas. Se a promessa tivesse sido cumprida.
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