quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Assembleia geral da ABIH Nacional debate condo-hotéis

Nérleo Caus, presidente da ABIH Nacional 
A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional) começa o mês de outubro com a realização de sua assembleia geral em Belo Horizonte (MG). Os principais temas a serem debatidos durante o encontro são a questão dos condo-hotéis e da super oferta de unidades hoteleiras na capital mineira.

Atualmente, a hotelaria em Belo Horizonte vem amargando prejuízos em virtude da grande oferta em relação à demanda de hospedagem, fato que se acentuou com a construção de novos empreendimentos visando a Copa do Mundo 2014.

Em diversas ocasiões, as principais redes hoteleiras do País são unânimes em afirmar que uma das regiões que mais preocupa o setor é a capital mineira. Somente no período de um ano, foram inaugurados 37 novos hotéis na cidade. O número de quartos passou de 8.300 para 14 mil, um crescimento espantoso de 69%.

O presidente da ABIH Nacional, Nérleo Caus, entende que grande parte desse problema se dá em virtude da falta de uma regulamentação mais precisa em relação à questão dos condo-hotéis, que tiveram uma “proliferação desenfreada” nos últimos anos e vêm gerando problemas para as administradoras hoteleiras.

Segundo a presidente da ABIH-MG, Patrícia Coutinho, a ocupação média na cidade está em 32%, resultado considerado baixo para a sustentabilidade do negócio e inferior às demais capitais nacionais.

 “É uma medida que agrada os construtores, pois aquece a construção civil, que cria novas unidades, promete ganhos aos investidores, mas gera sérias dificuldades para quem fica responsável pela administração do negócio. Essa expansão aconteceu sem a devida precaução e previsão econômica, que deveria incluir estudos prévios de viabilidade do negócio”, explica Caus.

Diferentemente dos demais empreendimentos imobiliários, os condo-hotéis são unidades autônomas disponíveis para aquisição por parte de compradores nas quais todas as unidades funcionam dentro de um pool de locação, sem a possibilidade de moradia ou locação direta por parte de quem investe. 

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