Schwerin, atração do Norte da Alemanha FOTO: Queensberry |
De acordo com a Organização Mundial do Turismo
(OMT), em 2015, o turismo ao redor do mundo registrou um recorde de 1,18 bilhão
de viagens internacionais, 4,4% a mais do que no ano anterior, o que significa
50 milhões de viajantes extras.
Segundo o secretário-geral da agência
especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), Taleb Rifai, esse foi o
sexto ano consecutivo de crescimento acima da média, com um aumento de 4% ou
mais das chegadas internacionais desde 2010, depois da crise econômica.
O aumento de 5% das chegadas de turistas
internacionais nos destinos das economias avançadas superou o das emergentes,
com 4%, graças, principalmente, aos excelentes resultados da Europa, que liderou
o crescimento em termos absolutos e relativos.
Os resultados não foram iguais em todos os
destinos devido a uma oscilação forte das taxas de câmbio, à redução dos preços
do petróleo e outros produtos básicos, o que fez com que aumentasse a
disponibilidade de renda nos países importadores, mas enfraquecesse nos
exportadores.
Além disso, houve uma preocupação crescente
quanto à segurança, após os atentados na Tunísia, França e Turquia.
A força da Europa, que recebeu 609 milhões de
turistas em 2015, se deve em parte ao enfraquecimento do euro com ralação ao
dólar e outras divisas importantes. A Europa Central e o Leste Europeu
representaram 6%, se recuperando da queda de 2014, o mesmo crescimento que teve
o Norte Europeu. A Europa Meridional e a Mediterrânea e a Ocidental também
registraram bons resultados, com avanços de 5% e 4%, respectivamente.
A Ásia e o Pacífico, com uma alta de 5%,
registraram 13 milhões mais chegadas internacionais no ano passado, até
alcançar as 277 milhões, com resultados desiguais entre os destinos.
O crescimento de 5% nas Américas se traduziu em
nove milhões de viajantes adicionais, até 191 milhões, consolidando assim os
excelentes resultados de 2014. A apreciação do dólar estimulou o turismo
emissor dos Estados Unidos, o que beneficiou, sobretudo, o Caribe e a América
Central, que registraram um crescimento de 7%. Os resultados na América do Sul
e América do Norte, em ambos os casos de 4%, foram próximos à média.
Quanto aos principais mercados emissores do
mundo, a China segue na vanguarda do turismo emissor mundial, priorizando os
destinos asiáticos, como o Japão e a Tailândia, assim como os Estados Unidos e
diversos lugares europeus. Os seguintes mercados foram Estados Unidos e Reino
Unido, com subidas de 9% e de 6%, respectivamente, favorecidos por moedas
fortes e economias em reativação. Alemanha, Itália e Austrália cresceram a um
ritmo mais lento, de 2%, enquanto a demanda do Canadá e da França foi "bem
mais fraca".
Por outro lado, a despesa de outros mercados
emissores, antes muito dinâmicos, como a Rússia e o Brasil, reduziu
significativamente, como reflexo das restrições econômicas de ambos os países e
a desvalorização de suas moedas com relação a praticamente todas as demais.
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