Aeroporto Internacional Pinto Martins |
Amanhã, dia 7 de fevereiro, o
Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, completa 19 anos. O tempo
passou voando. Parece que foi ontem, a pomposa solenidade de inauguração, no
dia 7 de fevereiro de 1998, oficializada pelos governantes Tasso Jereissati e
Fernando Henrique Cardoso.
Na época, o Ceará criava asas
para voos mais altos no turismo. O empreendimento chegou como um alento para o
setor, que amargava a precária estrutura do antigo aeroporto, desprovido de
conforto e de instalações dignas para receber passageiros locais e visitantes.
Foi uma vitória dos empresários e uma grande realização do governo do Estado.
Aparentemente moderno e
funcional, o novo aeroporto era motivo de orgulho para um futuro promissor. Com
pouco tempo surgiram os problemas: um único portão de embarque, projeto
arquitetônico com abertura impedindo a formação de filas, chegada e saída no
mesmo piso, uma pista principal com 2.520 metros, sem área de escape e sem condições para receber
grandes jatos comerciais como Boeing 777 e Boeing 747.
Passados 19 anos, o aeroporto
ainda tenta se adequar para implantar estacionamento de ônibus de turismo. Na
parte interna, projetada para instalação de aeroshoppings – lojas, lanchonetes,
livrarias, cafés e restaurantes –, é frequente o abre e fecha de lojas, pelos
elevados custos e pela falta de clientes. Passear no aeroporto é quase
impossível, com estacionamento cobrando R$ 14,00/hora.
Construído em área urbana, o
aeroporto cresceu em fluxo de passageiros e amargou a falta de espaço para
suprir suas necessidades operacionais. Os problemas se tornaram evidentes por ocasião
da Copa do Mundo (2014), com obras improvisadas e conhecidas como
“puxadinho”. As obras de ampliação não
foram concluídas até hoje.
Entre erros e acertos, em 2015, o
aeroporto entrou no páreo para disputar, com os Estados de Pernambuco e Rio
Grande do Norte, a implantação de um hub (centro de distribuição de
passageiros) da Latam. Com pensamentos bairristas, governos e entidades tinham
o hub como certo. Os tempos mudaram, os prazos se esgotaram em função da crise
econômica e a companhia aérea já não tem um posicionamento firmado sobre o
assunto.
Os 19 anos do Aeroporto
Internacional Pinto Martins serão festejados em clima de melancolia. O
empreendimento vive uma nova fase, com redução de passageiros e de voos e
aguardando o leilão de privatização agendado para o dia 16 de março. Além de
Fortaleza, também serão privatizados os aeroportos de Salvador, Florianópolis e
Porto Alegre.
Ainda no comando da Infraero, o
aeroporto “apaga velinhas” amanhã com uma programação simples: um culto
ecumênico às 9 horas e a apresentação da Banda de Música da Base Aérea de
Fortaleza, às 14 horas, na Praça de Alimentação.
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