quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Aviação se prepara para período de chuvas

Atrasos de mais de 15 minutos ficaram em 21% no Brasil

As empresas aéreas que voam em território nacional estão preparadas para ocorrências de muitas chuvas entre os meses de dezembro e março. As condições meteorológicas trazem baixo risco para o setor e os atrasos de mais de 15 minutos ficaram em 21% no Brasil contra 31% nos EUA em 2016, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear).

“Voar ainda é o meio mais seguro de viajar. As aeronaves e os aeroportos dispõem de equipamentos capazes de garantir a segurança de passageiros e tripulação”, explica Shailon Ian, engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e presidente da Vinci Aeronáutica. Além de estações meteorológicas, os aeroportos contam com instrumentos capazes de garantir a tranquilidade de pousos e decolagens. Nos aviões, sistemas alertam para tesouras de vento, proximidade com o solo, sensores de temperatura, descarregadores de energia estática, para o caso do avião ser atingido por um raio, entre outros.

O engenheiro esclarece que durante todo o trajeto a tripulação tem informações precisas sobre as condições climáticas e pode, se necessário, alterar a rota e evitar maiores turbulências. “Todos os voos são monitorados em tempo real, e as aeronaves são seguras para enfrentar mudanças. Inclusive, estão preparadas para eventuais raios e granizo”, afirma Shailon Ian.  Segundo ele, em outros países o mercado já conta com equipamentos que garantem o pouso de uma aeronave sem qualquer visibilidade externa.

Segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram registradas 124 ocorrências envolvendo as condições meteorológicas em voos e no solo em território brasileiro nos últimos 11 anos.

SOBRE SHAILON IAN

Shailon Ian formou-se como engenheiro aeroespacial do ITA – a escola Premier no Brasil para o setor aeroespacial e aeronáutico – e serviu como tenente durante cinco anos na Força Aérea Brasileira (FAB), onde trabalhou na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e teve a oportunidade de trabalhar em mais de 200 auditorias de aeronaves e empresas em todo o mundo. Depois de deixar a organização, ele atendeu clientes na área privada, trabalhando com todas as marcas e modelos de aeronaves e helicópteros corporativos. Desde 2015 é presidente e fundador da Vinci Aeronáutica.

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