Atrasos de mais de 15 minutos ficaram em 21% no Brasil
As empresas aéreas que voam em território nacional estão preparadas para
ocorrências de muitas chuvas entre os meses de dezembro e março. As condições
meteorológicas trazem baixo risco para o setor e os atrasos de mais de 15
minutos ficaram em 21% no Brasil contra 31% nos EUA em 2016, segundo dados da Associação
Brasileira de Empresas Aéreas (Abear).
“Voar ainda é o meio mais seguro de viajar. As aeronaves e os aeroportos
dispõem de equipamentos capazes de garantir a segurança de passageiros e
tripulação”, explica Shailon Ian, engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e presidente da Vinci Aeronáutica. Além de
estações meteorológicas, os aeroportos contam com instrumentos capazes de
garantir a tranquilidade de pousos e decolagens. Nos aviões, sistemas alertam
para tesouras de vento, proximidade com o solo, sensores de temperatura,
descarregadores de energia estática, para o caso do avião ser atingido por
um raio, entre outros.
O engenheiro esclarece que durante todo o trajeto a tripulação tem
informações precisas sobre as condições climáticas e pode, se necessário,
alterar a rota e evitar maiores turbulências. “Todos os voos são monitorados em
tempo real, e as aeronaves são seguras para enfrentar mudanças. Inclusive, estão
preparadas para eventuais raios e granizo”, afirma Shailon Ian. Segundo
ele, em outros países o mercado já conta com equipamentos que garantem o pouso
de uma aeronave sem qualquer visibilidade externa.
Segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos (Cenipa), foram registradas 124 ocorrências envolvendo as
condições meteorológicas em voos e no solo em território brasileiro nos últimos
11 anos.
SOBRE SHAILON IAN
Shailon Ian formou-se como engenheiro aeroespacial do ITA – a escola Premier
no Brasil para o setor aeroespacial e aeronáutico – e serviu como tenente
durante cinco anos na Força Aérea Brasileira (FAB), onde trabalhou na Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) e teve a oportunidade de trabalhar em mais de
200 auditorias de aeronaves e empresas em todo o mundo. Depois de deixar a
organização, ele atendeu clientes na área privada, trabalhando com todas as
marcas e modelos de aeronaves e helicópteros corporativos. Desde 2015 é presidente
e fundador da Vinci Aeronáutica.
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