
O Dia
Internacional da Mulher nos sensibiliza diante de algumas ações em benefício da
nossa saúde. Como mulher, fui envolvida pelo conteúdo deste release da FEMAMA,
que mudou a minha pauta editorial (Turismo) pelo desejo de participar e
contribuir com uma causa especial como a prevenção e o tratamento do câncer de mama
O Dia Internacional da Mulher, além de celebrar
vitórias femininas, serve para lembrar que ainda há muitas dificuldades para
serem superadas, como é o caso da maior atenção à saúde da população feminina.
Quase 60 mil mulheres receberão o diagnóstico de câncer de mama em 2018
(Instituto Nacional do Câncer - INCA). Grande parte terá no SUS a única via
para conseguir tratamento, sendo submetida a um sistema ineficiente e capaz de
tornar o enfrentamento da doença ainda mais desgastante e traumatizante.
O câncer de mama é responsável por 14.206
óbitos anuais (segundo dados do INCA, 2013) e, por esse motivo, a cada ano, a
economia brasileira deixa de movimentar aproximadamente R$ 2.059.870.000,
gerando recuo da produtividade para o país. Esses dados são de um estudo
recente que mediu as perdas financeiras na economia provocadas pela morte por
câncer de mulheres economicamente ativas.
Consciente do impacto que ações locais podem
ter sobre esse cenário e aproveitando o Dia Internacional da Mulher, a
Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama
(FEMAMA) lançará no próprio dia 8 um documento orientador que sugere frentes de
trabalho para o combate ao câncer da mulher. O material é resultado de encontro
promovido pela Federação em 2017, que reuniu ONGs de apoio a pacientes e
lideranças políticas femininas de todo o País, entre elas governadoras,
prefeitas, deputadas, vereadoras e primeiras-damas.
A partir de um panorama global, o guia aponta dificuldades identificadas no enfrentamento da doença e as possibilidades de iniciativas envolvendo poder público e terceiro setor que possam ser implementadas para superar os desafios. O objetivo é propor caminhos para ampliar o acesso ao atendimento qualificado e ao tratamento ágil e assertivo do câncer. A FEMAMA realiza agora o acompanhamento de iniciativas que saíram do papel a partir da realização do encontro e estimula que novas ações sejam desenvolvidas ao longo deste ano.
A partir de um panorama global, o guia aponta dificuldades identificadas no enfrentamento da doença e as possibilidades de iniciativas envolvendo poder público e terceiro setor que possam ser implementadas para superar os desafios. O objetivo é propor caminhos para ampliar o acesso ao atendimento qualificado e ao tratamento ágil e assertivo do câncer. A FEMAMA realiza agora o acompanhamento de iniciativas que saíram do papel a partir da realização do encontro e estimula que novas ações sejam desenvolvidas ao longo deste ano.
“Nosso objetivo é contribuir para que mulheres de todas as regiões brasileiras possam contar com um sistema de saúde efetivo e capaz de atendê-las em todas as suas necessidades. O que vemos atualmente é a demora em conseguir tratamento e a não oferta de alternativas terapêuticas básicas e mais eficazes: vemos isso, por exemplo, no câncer de mama metastático HER2+”, cita a mastologista Dra. Maira Caleffi, presidente da FEMAMA.
O caso ao qual a especialista se refere é a
incorporação do trastuzumabe, medicamento que revolucionou o tratamento do
câncer de mama metastático, estágio mais avançado da patologia, no SUS. “Desde
29 de janeiro, ele deveria ser ofertado pelo SUS em todo o país. Porém, em
diversos estados já recebemos denúncias de que não estará disponível pelo menos
até abril. Ou seja, enquanto isso, mulheres não recebem tratamento para sua
doença e precisam conviver com a incerteza de não saber quando poderão
recebê-lo”, atesta.
“Prevenir,
diagnosticar precocemente e tratar: esse é o tripé de uma assistência médica
digna. Por isso, aproveitamos o Dia Internacional da Mulher para falar da saúde
da população feminina de todo o Brasil: unindo forças entre o terceiro setor e
o poder público, podemos salvar milhares de vidas”, conclui.
FEMAMA
A Federação Brasileira de Instituições
Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama é uma organização sem fins econômicos
que trabalha para reduzir os índices de mortalidade por câncer de mama em todo
o Brasil, influenciando políticas públicas para defender direitos de pacientes,
ao lado de 73 ONGs de apoio a pacientes associadas em todo o país. A FEMAMA foi
a primeira instituição a trazer o Outubro Rosa de forma organizada para o
Brasil, em 2008, com ações em diversas cidades, em parceria com ONGs associadas.
(www.femama.org.br)
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