Indicadores de retomada
ainda não compensam prejuízos da hotelaria no estado de São Paulo, que
registrou 21,77% de taxa média de ocupação
“Ficamos felizes em compartilhar
os resultados da pesquisa de desempenho hoje, 9 de novembro, Dia do Hoteleiro.
Data em que comemoramos 84 anos da ABIH Nacional e 71 anos de ABIh-SP”, afirma
Ricardo A. Roman Jr., presidente da ABIH-SP. Para ele, o melhor do
associativismo é poder proporcionar benefícios aos associados, que dependem da
contribuição de cada um.
Os dados mensalmente processados
e consolidados pela ABIH-SP contribuem com o planejamento estratégico e tático
dos diferenciados meios de hospedagem e nas várias regiões do estado. “São
dados que sinalizam tendências de mercado e servem de base para o alinhamento
de políticas públicas favoráveis ao setor como um todo”, resume Roman Jr.
PRINCIPAIS RESULTADOS
Embora a taxa média de ocupação
(-69,51%%); valor da tarifa média (-29,94%) e RevPar (-78,63%) em setembro 2020
permaneçam menores em relação a igual período do ano passado, apresentam
crescimento quando comparadas aos resultados do último mês de agosto. Ou seja:
foram registrados acréscimos de 26,86% no valor da diária média e 68,38% de
RevPar. Outro dado expressivo foi o aumento das UHs (Unidades Habitacionais)
abertas para comercialização, saltando de 51,01% em agosto para 82,13% em
setembro de 2020. Ou seja, variação positiva de 61%.
“Estes números demonstram maior
flexibilização nas regiões por parte das autoridades governamentais, bem como a
tendência a um cenário mais otimista por parte dos empresários do setor
hoteleiro”, avalia Roberto Gracioso, coordenador do estudo.
EMPREGOS X UHs
Com o aumento de UHs ofertadas, a
taxa média de funcionários empregados apresentou em setembro variação negativa
(-14,86%) em relação ao mês de agosto de 2020. “Esta queda não significa
aumento de demissões. Retrata sim a manutenção da mesma quantidade de
funcionários”, complementa Gracioso.
MRTs – MACRORREGIÕES TURÍSTICAS
Os dados apurados em setembro de
2020 revelam incremento da taxa média de ocupação em 12 das 15 MRTs, exceto na
região Centro-oeste, que apresentou queda (-35,48%).
Apesar de ainda muito insipiente
e com, em média, acima de 65% de defasagem em relação ao mesmo período de 2019,
regiões onde o perfil da demanda é predominantemente gerada pelo mercado de
viagens corporativas demonstram sinais de retomada. Exemplos de variação
positiva nos índices de ocupação em setembro, comparada aos de agosto de 2020:
Campinas e Região +67,08%, Capital Expandida +68,74% e Capital Paulista
+75,73%. Regiões onde a demanda por turismo de lazer predomina, como Litoral
Paulista e Vale do Paraíba- Litoral Norte apresentaram aumento na taxa média de
ocupação: +29,38% e +46,82%, respectivamente. As demais regiões do estado
apresentaram também tendência de recuperação do setor, reiterando ainda todos
estarem aquém dos números ideais.
Apesar de o estado ter
apresentado uma recuperação de 26,86% em setembro, em relação ao mês de agosto
de 2020, a taxa média de ocupação permanece com 70% de defasagem em comparação
ao mesmo período de 2019 (agosto e setembro de 2019). “De um modo geral, verificamos
recuperação real de 5% em relação ao mesmo período de 2019”, conclui Gracioso.
Em relação à diária média, a
região do Vale do Paraíba – Serras apresentou o maior índice de aumento
(53,42%) e a região da Alta Mogiana (Ribeirão Preto), predominantemente
corporativa, apresentou o segundo maior indicador de recuperação (29,85%).
Apesar de os indicadores terem apresentado tendência de recuperação, ainda
registram 29,94% de queda em relação ao mesmo período de 2019.
As regiões corporativas foram as
mais retraídas, com a Capital e Campinas e Região apresentando redução (-20,94%
e -15,48%, respectivamente) no valor da diária média, em relação ao mesmo
período de 2019. De um modo geral, o valor da diária média no estado de São
Paulo registrou aumento de 7,55%. Em julho, foi de R$ 191,87; agosto, R$
214,39; e, setembro, R$ 230,56.
RevPar acumulado do Estado contou
com um acréscimo de 68,38% em setembro com relação a agosto de 2020.
Excetuando-se as MRTs Centro-oeste e Circuito das Águas, que apresentaram
retração de 31% e 11,02% respectivamente, as demais regiões apresentaram
significativa recuperação.
“Apesar dos índices de
recuperação terem sido expressivos, indicando tendência de recuperação, o
RevPar apresenta forte retração ainda em relação ao mesmo período de 2019, com
-78,63%”, enfatiza Gracioso.
As regiões de maior destaque em
setembro, comparando com agosto de 2020 foram Vale do Paraíba – Serra
(116,29%); Capital Paulista (87,76%); Região de Campinas (70,80%) e Alta
Mogiana - Ribeirão Preto (61,08%) apresentaram um acréscimo de RevPar bem
expressivo. Porém, este índice ainda apresenta -70% em relação ao mesmo período
de 2019.
No link é possível fazer o download do relatório completo da pesquisa e identificar o desempenho de todos os indicadores analisados em cada uma das MTRs estudadas pela entidade.
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