No último fim de semana, de 27 a
30 de novembro, retornei aos municípios de Itarema, Acaraú e Cruz, que há nove
anos serviram de conteúdo para o livro Costa Negra. A publicação fazia parte de
um sonho do empresário Livino Sales, para implantação de um polo gastronômico,
e foi lançada num Festival Internacional do Camarão, realizado na Fazenda
Cacimbas, em Acaraú. O município de Jijoca de Jericoacoara também faz parte da região
da Costa Negra, mas não entrou no meu roteiro de viagem.
|
Águas em movimento e barcos parados na Praia de Guajiru |
Nos três municípios citados,
visitei familiares e fiz um pequeno roteiro nas praias, acompanhada de Ana
Maria e Reginaldo Bezerra, parentes que moram na região. Como o clima era familiar,
Edvalci Bezerra e Francineide participaram no último dia. A hospedagem foi na
Pousada Oásis, bem instalada e com bom serviço, em Itarema. Considerando o
período, observei total descaso nas praias, com pessoal aglomerado e sem
máscara.
|
Edgony entrega o livro Costa Negra |
A Praia de Guajiru, que alguns
chamam de ilha porque tem um banco de areia separando um grande lago do mar,
está em plena evolução, com grande frequência dos praticantes de esportes
náuticos, atividades que variam de acordo com a velocidade dos ventos. De julho
a dezembro, a pedida é o kite. Guajiru é um dos pontos turísticos mais
visitados no Itarema, repleto de pousadas, barracas e restaurantes. Apesar da
grande frequência, o atendimento deixa a desejar, os preços são elevados e a
comida não é boa.
|
Ana Maria, Reginaldo e Edgony |
O movimento nas praias inclui
Almofala, que tem sua história marcada por uma pequena igreja, recuperada
depois de ficar soterrada por uma duna durante 40 anos. O fato não interessa
aos banhistas, que não são despertados para este acontecimento. Na saída do
Itarema para o Acaraú, vale uma parada no “Delícias do Café”. Tem uma tapioca
deliciosa e muitas outras iguarias, como rapadura, castanha, goma. E não é só
café, serve também almoço e jantar em self servisse.
|
Francineide, Edvalci e Reginaldo
|
A passagem em Acaraú foi de
visitas a familiares – Vilany e Terezinha (primas) e minha primeira professora,
Maria Honorata, que trocou Amontada pelo Acaraú, onde dedicou-se ao cargo de
tabeliã. Meu primo Reginaldo, residente em Acaraú, ganhou um exemplar do livro
Costa Negra, uma peça rara que não existe mais na Associação dos Criadores de
Camarão de Acaraú.
|
Edgony na Lagoa da Prata, em Cruz
|
Outro roteiro feito na região foi
para Cruz, que tem na entrada um Centro de Artesanato com grande variedade de
produtos, e tem caminhos atraentes pela beleza verdejante, boa rodovia e a
grande Lagoa da Prata. Este município conta com o Aeroporto de Jericoacoara e a
badalada Praia do Preá, que pode ser alcançada sem obstáculos de acesso. Pela
proximidade de Jeri, a Praia do Preá conquistou seu espaço e é bastante
movimentada por turistas. De todos os locais visitados, esta praia é a que tem
os preços mais elevados, uma barreira para o turismo interno.
ACESSO RODOVIÁRIO
Por conveniência de rota,
utilizei, na ida, a BR 222/BR 402. Rodovias federais que não honram o nome de
BR. A BR 222 está preparada para multar. A sinalização é confusa, pois as placas
de sinalização eletrônica estão distantes das de velocidade permitida e estas
mudam com frequência. A BR 402 é precária de sinalização, sem acostamento e
bastante esburacada. A volta, pela CE 085, foi uma bênção. Sinalização com perfeita
sintonia de placas e bom estado de conservação. Precisamos de muita coisa para
conquistar os viajantes e atraí-los para o turismo interno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário