segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Um giro pelos caminhos da Costa Negra

No último fim de semana, de 27 a 30 de novembro, retornei aos municípios de Itarema, Acaraú e Cruz, que há nove anos serviram de conteúdo para o livro Costa Negra. A publicação fazia parte de um sonho do empresário Livino Sales, para implantação de um polo gastronômico, e foi lançada num Festival Internacional do Camarão, realizado na Fazenda Cacimbas, em Acaraú. O município de Jijoca de Jericoacoara também faz parte da região da Costa Negra, mas não entrou no meu roteiro de viagem.

Águas em movimento e barcos parados na Praia de Guajiru
Nos três municípios citados, visitei familiares e fiz um pequeno roteiro nas praias, acompanhada de Ana Maria e Reginaldo Bezerra, parentes que moram na região. Como o clima era familiar, Edvalci Bezerra e Francineide participaram no último dia. A hospedagem foi na Pousada Oásis, bem instalada e com bom serviço, em Itarema. Considerando o período, observei total descaso nas praias, com pessoal aglomerado e sem máscara.
Edgony entrega o livro Costa Negra

A Praia de Guajiru, que alguns chamam de ilha porque tem um banco de areia separando um grande lago do mar, está em plena evolução, com grande frequência dos praticantes de esportes náuticos, atividades que variam de acordo com a velocidade dos ventos. De julho a dezembro, a pedida é o kite. Guajiru é um dos pontos turísticos mais visitados no Itarema, repleto de pousadas, barracas e restaurantes. Apesar da grande frequência, o atendimento deixa a desejar, os preços são elevados e a comida não é boa.

Ana Maria, Reginaldo e Edgony
O movimento nas praias inclui Almofala, que tem sua história marcada por uma pequena igreja, recuperada depois de ficar soterrada por uma duna durante 40 anos. O fato não interessa aos banhistas, que não são despertados para este acontecimento. Na saída do Itarema para o Acaraú, vale uma parada no “Delícias do Café”. Tem uma tapioca deliciosa e muitas outras iguarias, como rapadura, castanha, goma. E não é só café, serve também almoço e jantar em self servisse.

Francineide, Edvalci e Reginaldo
A passagem em Acaraú foi de visitas a familiares – Vilany e Terezinha (primas) e minha primeira professora, Maria Honorata, que trocou Amontada pelo Acaraú, onde dedicou-se ao cargo de tabeliã. Meu primo Reginaldo, residente em Acaraú, ganhou um exemplar do livro Costa Negra, uma peça rara que não existe mais na Associação dos Criadores de Camarão de Acaraú.

Edgony na Lagoa da Prata, em Cruz
Outro roteiro feito na região foi para Cruz, que tem na entrada um Centro de Artesanato com grande variedade de produtos, e tem caminhos atraentes pela beleza verdejante, boa rodovia e a grande Lagoa da Prata. Este município conta com o Aeroporto de Jericoacoara e a badalada Praia do Preá, que pode ser alcançada sem obstáculos de acesso. Pela proximidade de Jeri, a Praia do Preá conquistou seu espaço e é bastante movimentada por turistas. De todos os locais visitados, esta praia é a que tem os preços mais elevados, uma barreira para o turismo interno.

ACESSO RODOVIÁRIO

Por conveniência de rota, utilizei, na ida, a BR 222/BR 402. Rodovias federais que não honram o nome de BR. A BR 222 está preparada para multar. A sinalização é confusa, pois as placas de sinalização eletrônica estão distantes das de velocidade permitida e estas mudam com frequência. A BR 402 é precária de sinalização, sem acostamento e bastante esburacada. A volta, pela CE 085, foi uma bênção. Sinalização com perfeita sintonia de placas e bom estado de conservação. Precisamos de muita coisa para conquistar os viajantes e atraí-los para o turismo interno.

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