Economia do Brasil perderá R$ 2,62 bilhões, e 39,5 mil empregos deixarão de ser gerados. A Temporada 2021/2022 está confirmada para novembro, com previsão de sete navios
É um contraste com o que vínhamos
experimentando nos anos anteriores, especialmente em 2019, quando chegamos a
cerca de 30 milhões de cruzeiristas, com 1,8 milhões de empregos gerados e mais
de 154 bilhões de dólares de impacto em todo o mundo. Este crescimento
demonstra que o setor de Navios de Cruzeiros é uma das melhores opções para se conhecer
o mundo.
Nossos planos para 2020, com
muito investimento, viraram de cabeça para baixo, quando optamos
voluntariamente por paralisar todas as operações em março deste ano, seguido
pelo desembarque e repatriação de todos os hóspedes e tripulantes em condições
desafiadoras, com muitos portos e fronteiras fechadas, além de poucos voos
disponíveis em operação.
Nos meses que se seguiram, nossos
associados investiram nos melhores protocolos existentes para reforçar o que já
era muito robusto em nossos navios, com os melhores especialistas, médicos e
cientistas, e em parceria próxima com os diversos órgãos de saúde mundiais e
locais. Com estes mais modernos protocolos, retomamos as operações na Europa,
na Ásia e no Sul do Pacífico, mostrando confiança e inspirando a todos para um
futuro próspero.
O impacto da paralisação em todo
o mundo, calculado pela CLIA global, é
de 77 bilhões de dólares para a economia e perda de 518 mil empregos. Na
CLIA temos 57 companhias de cruzeiros associadas, 270 navios de oceano, 13 mil
agências de viagens, 57 mil agentes de viagens individuais e 350 parceiros
executivos que criam a nossa comunidade em todo o mundo.
No caso do Brasil, infelizmente
não conseguimos avançar com a Temporada 20/21, prevista para início em novembro
passado e término em abril de 2021. Estavam programados nove navios, com uma
oferta próxima dos 620 mil leitos, um aumento de 17% em relação a temporada
passada. Vínhamos de três anos consecutivos de crescimento e esta seria a
quarta temporada com números positivos, mostrando uma tendência importante para
o desenvolvimento do setor no Brasil.
As perdas para o nosso país são relevantes,
calculadas a partir do Estudo da FGV para a temporada 2019/2020. O Brasil perde mais de 2,62 bilhões de
reais em impacto econômico e 39,5 mil empregos deixam de ser gerados, um
enorme prejuízo para o país, para as cidades nas quais fazemos as paradas, para
a nossa comunidade e para as empresas. Cada cruzeirista que visita uma cidade
em uma escala deixa um impacto de R$ 557 e gera empregos para toda a economia
local em bares, restaurantes, passeios, no comércio e ainda estimula o retorno
das pessoas para uma estadia futura naquelas cidades.
Escalamos com nossos navios em
mais de 20 cidades no Brasil, que infelizmente não terão nenhuma parada nesta
Temporada de Verão, não só com os nove navios dedicados ao Brasil, mas com os
cerca de 33 outros que fazem volta ao mundo e deixarão de nos visitar.
A retomada está avançando em todo
o mundo, com conversas e diálogos com as autoridades e, muito provavelmente,
estaremos de volta com os navios no primeiro quadrimestre de 2021 no Caribe,
África do Sul, Emirados Árabes, EUA, Canadá, México, Austrália e Japão, além de
outros países na Europa.
Essa retomada, que já teve mais
de 200 saídas em todo o mundo desde julho, se deve aos protocolos avançados
adotados pela CLIA e seus associados, que podemos resumir assim:
- Embarque – Teste pré-embarque em todos os hóspedes com triagem
rigorosa. Tripulantes com três testes antes do embarque e a cada semana a
bordo.
- Procedimentos a bordo – Uso de máscaras, distanciamento, menor
ocupação, ar fresco sem recirculação, desinfecção e higienização constantes.
- Saúde a bordo – Plano de contingência, corpo médico especialmente
treinado para avaliações constantes, estrutura com todos os modernos recursos
para atendimento dos hóspedes e tripulantes.
- Excursões – Protocolos especiais, coordenação com os municípios,
cancelamento do reembarque para hóspedes que não cumprem as regras.
Já sentimos a busca por novos
embarques em todo o mundo, cerca de 74% dos cruzeiristas querem fazer uma nova
viagem nos próximos anos, e dois a cada três querem fazer esta viagem no
próximo ano. Cerca de 58% das pessoas que nunca viajaram de navio também querem
fazer sua viagem nos próximos anos. (*)
Mesmo durante a pandemia,
mostrando o nosso compromisso para com o meio ambiente, nossos associados já
investiram este ano 23,5 bilhões de dólares em novos navios com novas
tecnologias e combustível mais limpo para reduzir as emissões de carbono.
Continuamos com a meta de reduzir em 40% até 2030 as emissões de carbono,
comparadas com 2008. São mais 24 navios movidos a GNL (gás natural liquefeito)
até 2027.
Ainda vale lembrar dos sistemas
de tratamento de água avançados, comparados aos melhores sistemas terrestres em
todo o mundo, e os sistemas de limpeza dos gases de exaustão, que limpam 98% do
enxofre e reduzem significantemente as micropartículas.
Aproveitamos para reforçar a Temporada 21/22 aqui no Brasil, já lançada
por nossos associados, com início em novembro próximo, com sete navios
confirmados e investimentos relevantes. As companhias de cruzeiros
continuam acreditando no Brasil, com navios modernos que vão garantir as
melhores experiências, respeitando a saúde e a segurança dos nossos hóspedes,
tripulantes e das cidades que visitamos, sempre cumprindo as regras e
protegendo o meio ambiente.
A CLIA reforça o agradecimento ao
Ministério do Turismo, Ministério da Infraestrutura, Ministério da Saúde, Casa
Civil, Anvisa e aos governadores, prefeitos, secretários, deputados e senadores
das regiões que recebem os cruzeiros, além de agentes de viagens, operadores,
receptivos e toda a nossa comunidade, pessoas que não mediram esforços para nos
ajudar a viabilizar essa temporada.
*Fonte: Pesquisa CLIA-Qualtrics, dezembro 2020, com 4 mil viajantes em oito países (Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Espanha).
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