O empresário Edson Queiroz avalia o jornal apresentado por mim, Edgony Bezerra |
As boas lembranças alimentam
nossa alma e nos ajudam a prosseguir. É com este pensamento que eu faço um
retorno ao passado e recordo o apagar das luzes de 1981 (19.12), quando tudo
era expectativa para o jornalismo cearense, que via o mercado crescer com o
lançamento do Diário do Nordeste. Era um momento especial, a “porta da
esperança” para a realização de sonhos. O jornal nascia grande, com berço numa
empresa sólida, concebido pelo empresário Edson Queiroz, que tinha como
proposta investir num grande veículo para se tornar o maior do Ceará e do
Nordeste. Seu sonho durou pouco e com menos de seis meses do surgimento do
jornal, Edson Queiroz foi para a eternidade, vítima de um acidente aéreo.
Integrei a seleta equipe da
redação um mês antes da inauguração do jornal e fiquei 33 anos. Na foto, momentos
de expectativa. Foram elaboradas três edições experimentais do jornal – 000,
00, 0. O empresário Edson Queiroz visitava a redação e passava em cada mesa
para participar do processo de avaliação. A cada instante uma conquista e a
certeza de que o cearense estava recebendo um grande produto. Na redação, tudo
era alegria, descoberta. Dos primeiros anos, lembro dos ensinamentos dos
colegas Ronaldo Salgado e Nilton Almeida, além das pautas inusitadas do Dedé de
Castro e do que ele nos oferecia de boa leitura para conquista de prêmios de reportagem.
O momento atual não é a mesma
coisa, não gera expectativa, apenas emoções silenciosas. Muita coisa mudou e o
papel vai fugir das nossas mãos a partir de amanhã e vamos nos conformar com as
inovações da modernidade. Ficam as saudades e as boas lembranças. Neste grande
jornal, de realização profissional, fiz opção pelo turismo e editei um caderno
durante 29 anos ininterruptos. Foi uma grande contribuição para a divulgação do
Ceará, do Brasil e do mundo. Muitas viagens, muito conhecimento e a certeza do
dever cumprido. Foram anos inesquecíveis que ficaram inseridos na minha memória
e na minha vida.
Na redação, o trabalho é de
equipe. Envolve diagramadores, fotógrafos e repórteres. São muitas as
lembranças: Miguel Portela, Eduardo Queiroz, Kiko Silva, Glauco Bezerra, Luiz
Willian e os dois últimos repórteres Fernando Brito e Kiko Barros, que tão bem
se afinaram com o meu desejo de fazer o melhor.
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