A produção apresenta a vida, tradições e o protagonismo das baianas Ubaldina, Dinha, Elaine, família Miranda, Taty e Marluce na dedicação à tradicional venda de acarajé
A produção, dividida em quatro
episódios, apresenta um retrato especial sobre a vida e os desafios de cinco
mulheres protagonistas em suas comunidades, que se dedicam à prática da
tradicional venda de acarajé e outras iguarias da culinária afro-baiana.
Resgatando importante referência histórica e cultural, a escolha do nome
"Iê acarajé" faz referência à primeira metade do século XX, quando,
segundo o ex-diretor do Centro de estudos Afro-Orientais da Universidade
Federal da Bahia, Ubiratan Castro, as famílias aguardavam as mulheres do
acarajé passarem em uma espécie de cerimônia às 19h, anunciando a venda de ‘Iê
acarajé, Iê abará!’.
Com roteiro e direção de Mariana
Jaspe, e direção de fotografia de Lucas Raion, a websérie conta com trilha
sonora do Duo B.A.V.I. e produção de Gordo Calasans. Em seus quatro episódios,
a narrativa apresenta o trabalho das baianas Ubaldina, Dinha, Elaine, família
Miranda, Taty e Marluce sob diferentes perspectivas, mostrando como essas
mulheres se descobriram na profissão, junto à herança familiar, acordos
coletivos, oportunidade de empreender e contato com a religiosidade que ela
pode proporcionar, além de sua importância cultural, gastronômica e histórica
para o país.
"‘lê acarajé’ é a união de
duas paixões: acarajé - não à toa tenho a palavra dendê tatuada no braço -, e a
possibilidade de encontrar grandes personagens e dialogar com eles. Por isso, o
mais interessante desse processo foi a troca com essas mulheres, ouvi-las sobre
suas trajetórias, vivências, dores e delícias de suas vidas e perceber como ser
baiana é fundamento para elas serem quem são", revela a diretora e
roteirista Mariana Jaspe .
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