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Itaipu Binacional em franco desenvolvimento FOTO: Alexandre Marchetti |
Um acontecimento que merece ser
lembrado. Às 12h40 do dia 5 de maio de 1984, há 37 anos, a Itaipu Binacional
estabelecia um de seus mais importantes marcos históricos. Começava ali,
naquele sábado, a produção comercial de energia da usina hidrelétrica, com a
entrada em operação da primeira das 20 unidades geradoras do projeto. Foram
gerados na ocasião 277 megawatts, em 50Hz, destinados ao mercado paraguaio.
Para o Brasil, a transmissão em 60 Hz começaria alguns dias depois, em caráter
experimental.
Nas quase quatro décadas
seguintes, a usina de Itaipu se consolidou como líder mundial na produção de
energia limpa e renovável e exemplo de produtividade para o setor elétrico.
Hoje, com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de potência instalada, produziu
cumulativamente quase 2,8 bilhões de megawatts-hora (MWh) – valor que deve ser
alcançado entre a última semana de junho e a primeira de julho. Nenhuma outra
usina do mundo produziu tanta energia.
A maior produção anual foi a de
2016, quando Itaipu alcançou a marca de 103.098.366 MWh. Mesmo em anos de
escassez hidrológica, como 2020, o mais seco da história (afluência 30% menor),
a usina quebrou o seu próprio recorde de produtividade, com 1,0870 megawatt
médio por metro cúbico por segundo (MWmed/m3/s), superando o ano anterior
(1,0794 MWmed/m3/s).
Esse indicador estabelece a
relação entre a quantidade de energia gerada com o volume de água que passou
pelas turbinas. Este ano de 2021 não começou diferente. De janeiro a abril, a
afluência foi 37% abaixo da média histórica para o período; mesmo assim, Itaipu
registrou o melhor primeiro quadrimestre em 37 anos de geração, com 1,0855
MWmed/m3/s de produtividade média.
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General João Francisco Ferreira, diretor-geral da Itaipu FOTO: Rubens Fraulini |
A importância de Itaipu pode ser
resumida em um dado: a usina binacional fornece mais de 14% de toda a energia
consumida anualmente no Brasil, um país continental, com 212 milhões de
habitantes; e quase 90% do Paraguai. Aqui vale mencionar que, quanto maior a
geração em plantas hidrelétricas, menor a necessidade de acionar usinas
térmicas – que são mais caras, mais poluentes, e deixam a tarifa final mais
alta para o consumidor.
Para se ter uma ideia, a produção
acumulada de Itaipu nesses 37 anos (hoje em 2,79 bilhões de MWh) seria suficiente
para abastecer o mundo inteiro por 45 dias. Também atenderia o consumo dos
Estados Unidos por 8 meses e 3 dias e da gigantesca China por 6 meses e 1 dia;
ou o consumo do Brasil por cinco anos e dez meses e o do Paraguai, por 196 anos
e 8 meses.
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Diretores do início da operação da usina Itaipu FOTO: Arquivo Itaipu |
O entrosamento das equipes
permite tirar o máximo proveito de cada uma das quatro variáveis que determinam
a produção de energia em uma usina hidrelétrica: afluência (o fator menos
controlável), disponibilidade das máquinas, sistema de transmissão em pleno
funcionamento e demanda por energia elétrica.
Manter barragem, instalações e
equipamentos em condições de gerar energia, com segurança e confiabilidade,
durante os 365 dias do ano, exige um planejamento meticuloso. Quanto mais cedo
uma eventual anormalidade for detectada e corrigida, menor a chance de a usina
reduzir a produção por indisponibilidade de equipamentos.
DE OLHO NO FUTURO
Para manter a alta produtividade,
Itaipu adotou ao longo dos anos uma série de evoluções tecnológicas.
Paralelamente, há mais de uma década, iniciou os estudos para o projeto de
Atualização Tecnológica da Usina e de suas Subestações. Foi um trabalho extenso
e meticuloso, com a participação de profissionais de todas as diretorias da
empresa, até o lançamento do edital internacional, no final de 2019. O projeto
será implantado nos próximos 14 anos, com investimento previsto de US$ 964,7
milhões.
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