sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Ministro do Turismo defende a legalização dos cassinos

No Uruguai, onde os cassinos são permitidos, o Hotel Conrad atrai brasileiros
O ministro Henrique Alves deu o recado do governo
Em passado recente, a legalização dos cassinos era uma ameaça. As pessoas diziam que esta atividade iria contribuir para o tráfego de drogas, a separação de casais, o empobrecimento das famílias e outras mazelas. Hoje, estamos enfrentando todos estes problemas, num verdadeiro “jogo de cintura” para sobreviver.
No início desta semana, de forma repentina, o ministro do Turismo, Henrique Alves (PMDB-RN), posicionou-se em defesa pública de uma proposta que até então vinha sendo tratada de forma discreta pelo Palácio do Planalto: a legalização dos jogos de azar.
Em um almoço com empresários em São Paulo, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), o peemedebista defendeu que os cassinos voltem a funcionar no Brasil depois de quase 70 anos. A proibição dos jogos de azar foi estabelecida por decreto, em abril de 1946, pelo presidente Eurico Gaspar Dutra.
Depois de dizer que apresentou a proposta ao ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, Alves citou o caso do Uruguai para ilustrar sua tese. "No hotel Conrad, no Uruguai, por exemplo, o cassino é a sua principal praça. Saem de São Paulo, semanalmente, três voos lotados para lá. E 70% da frequência do hotel é de brasileiros", afirmou. Ainda segundo o ministro, o projeto está em fase de estudo pelo governo.
Alves reconheceu que a proposta sofre muitas resistências dos setores mais conservadores, especialmente da igreja. Em setembro, a presidente Dilma Rousseff consultou ministros e líderes da base aliada para saber se a legalização de bingos e cassinos seria bem recebida pelo Congresso Nacional.
Nestes momentos de crise, com a economia brasileira em decadência, a idéia do governo é usar a taxação sobre cassinos, apostas na internet, e bingos para incrementar a receita da União. O ministro diz que “não há sinalização do governo” e assume que tomou a iniciativa.
Para reforçar seu ponto de vista, Alves disse que, “dos 194 países que compõem a ONU, os jogos de azar são legalizados em 156, tendo os cassinos como principal fonte de renda”. Alves informou que do restante que não tem jogos, 75% são países islâmicos.

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