Edgony Bezerra
Jornalista
O Brasil vive uma séria crise de
credibilidade. No entanto, o sonho da viagem torna o cliente tão empolgado que,
muitas vezes, ele não percebe que está embarcando num calote. Tem sido assim
nos últimos anos, em Fortaleza e em muitas outras capitais brasileiras.
Fortaleza vive o problema de
forma mais recente, com o fechamento da Quality Brasil Operadora no último dia
12 de janeiro. Esta é a quarta operadora de turismo a fechar as portas nos
últimos anos, na capital cearense. Nenhuma delas foi ou vai sozinha.
Normalmente o prejuízo é grande para os clientes, agências de viagens e
fornecedores.
Em situações como esta, o mercado
fica desacreditado, o que dificulta as negociações para os profissionais que
permanecem e lutam por uma atuação digna, idônea e competente. Como sobreviver
num mercado tão competitivo sem o compromisso de trabalhar de forma honesta e
correta? Como se proteger? O que fazer?
Neste momento o setor se encontra
prejudicado pela falta de confiança dos fornecedores. Mais uma operadora fecha
as portas e fica por isto mesmo. Caso semelhante ocorreu em Curitiba, no final
de 2015, e hoje a Polícia prendeu dois sócios da empresa, que enganou a mais de
200 pessoas.
Em Fortaleza, apesar da repetição
dessas ocorrências, até hoje ninguém foi preso. E vai continuar assim até que
haja uma regulamentação para implantação de uma agência de viagens ou operadora,
com fiscalização e exigência de documentação que prove a capacidade do operador.
No caso da Quality, pioneira no
Ceará, fundada em 1995, por profissionais conhecidos no mercado, a empresa foi
vendida a “forasteiros” que aqui se instalaram e passaram a atuar de forma
irregular, para driblar a concorrência, oferecendo vantagens que não podiam
cumprir. Alguns agentes de viagens se beneficiavam e ficavam calados.
Ainda não foi divulgada a
dimensão do prejuízo nem os nomes dos envolvidos nesta ação devastadora. A
Associação Brasileira de Agência de Viagens do Ceará (Abav-CE) se pronunciou
através de comunicado aos associados, mas seu presidente, Colombo Cialdini, não
foi encontrado para falar sobre o assunto.
Edgony, dá as notícias e não aceita os comentários, porquê? Caso lhe interesse saber, o negócio desses caras é o seguinte: recebem dos clientes e não pagam aos fornecedores. Nomeadamente as c. aereas, pois emitem bilhetes fraudulentos com cartão de credito falso! Arruinaram tambem uma operadora em Portugal em apenas alguns meses. Entretanto meteram muitos milhares aos bolsos... Um advogado portuga e 2 "empresarios" brasileiros em perfeita sintonia...
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