O Brasil mudou
consideravelmente do final de 2015 para o início de 2016. Fizemos uma
aterrissagem forçada e estamos voando
baixo, com turbulências que se evidenciam numa crise moral, econômica e
política. Os caminhos são confusos e não vislumbram um destino certo em curto
prazo.
O segundo semestre de
2015 foi de sonhos, miragens, encantamento, embora o cenário adverso já
estivesse se revelado. Neste clima de euforia, a TAM anunciou a instalação de
um hub no Nordeste, e gerou uma disputa acirrada entre três Estados: Ceará, Rio
Grande do Norte e Pernambuco.
No clima de cada qual o
melhor, foram muitas as projeções econômicas, principalmente com a geração de
empregos. O hub (um centro de conexões da companhia aérea) acenava com a
implantação de novas linhas nacionais e internacionais. O Ceará fez campanha,
mobilizou políticos e entidades. “Tudo pelo hub da TAM”!
A divulgação da capital
escolhida viria até o final do ano. Antes do prazo se vencer, a TAM adiou a
decisão e disse que a escolha “será baseada na análise global de uma série de
critérios técnicos, como a competitividade de custos, atrelada a uma
infraestrutura adequada para o empreendimento”.
As especulações
silenciaram e, neste mês de março, a TAM mostrou uma nova realidade ao divulgar
mudanças na
malha aérea internacional. Segundo a companhia, trata-se de uma adequação ao
atual cenário brasileiro, o que resultou no cancelamento de 19 voos
internacionais. A notícia foi divulgada no jornal Panrotas.
Foram cancelados voos para Miami, Nova York Orlando e Cancun, com
saídas de várias cidades. As mudanças tiram do ar muitas opções de vôos. A
partir de 4 de abril, será cancelada definitivamente a rota Manaus-Miami. A
companhia havia anunciado no dia 25 de fevereiro que reduziria de quatro para
duas frequências semanais.
A partir de 5 de junho, será cancelada a rota Brasília-Orlando,
inaugurada em 12 de junho do ano passado. A aérea informou ainda que os
passageiros de Brasília para Orlando terão como alternativa as conexões no Rio
de Janeiro ou em São Paulo.
E a partir de 2 de julho, será cancelada a rota
Guarulhos-Cancun, ficando como alternativa aos passageiros apenas os voos via
Bogotá.
A partir de 10 de abril, a TAM reduzirá de sete para cinco o
número de frequências semanais entre o Galeão e Nova York. Já a partir de 22 de
maio, será reduzido de sete para cinco o número de frequências semanais entre o
Galeão e Miami. Em ambos os casos, a companhia informa que as rotas serão
operadas diariamente entre 22 de junho e 29 de agosto, sem prejudicar o
atendimento dos passageiros que viajarão ao Rio de Janeiro no período dos Jogos
Olímpicos Rio 2016.
Em 6 de junho a aérea reduzirá de seis para cinco o número de
frequências semanais na rota Brasília-Miami, e a partir de 7 de junho será
reduzido de duas para uma frequência semanal na rota Fortaleza-Miami. E, por
fim, a partir de 22 de agosto, será reduzido de 14 para 12 o número de
frequências semanais na rota Guarulhos-Miami.
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