![]() |
Mesa dos debates com a presença do presidente da Embratur FOTO: Divulgação |
Um dos temas mais
atraente do Congresso FESTURIS foi “Integração entre Fronteiras: Potencializando a Economia
Compartilhada”. Participaram do debate importantes líderes como o secretário de
turismo do RS, Victor Hugo; o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz; o
cônsul da Argentina, Carlos Cezar Garcia Baltazar; o presidente da Abav
Nacional, Edmar Bull; e o representante da Associação Amigos das Missões, José
Roberto de Oliveira.
O painel começou com uma breve história acerca dos jesuítas e
índios que foram responsáveis pelas Missões que existem hoje no Rio Grande do
Sul, Argentina e Paraguai. Os dois países vizinhos já realizaram ações para valorização dos roteiros jesuíticos, como asfalto e investimentos em marketing. O Brasil ainda não fez nada. "Precisamos resolver essas demandas", disse o representante da Associação Amigos das Missões, José Roberto.
![]() |
Presidente da Embratur, Vinicius Lummertz |
O painel abriu espaço para o presidente da Embratur, Vinícius
Lummertz, que manifestou sua insatisfação com a burocracia e o conservadorismo nas ações de preservação, que dificultam licenças ambientais para implantação
de equipamentos turísticos. “O Brasil precisa de psiquiatria, disse Vinícius,
referindo-se aos impedimentos que travam o turismo”.
“O Pais é rico para ser tão fechado e tão conservador. São poucas ideias,
muita intolerância e pouco conhecimento”, disse Vinícius. Com o mesmo
pensamento, ele sugeriu derrubar limites e criar um novo ambiente para que as
pessoas possam trabalhar. A exemplo das Ongs, Vinícius disse que nós temos Ing –
Indivíduo não governamental.
EMBRATUR
– 50 ANOS
Neste ano em que a Embratur está completando 50 anos, seu
presidente está ciente da necessidade de uma repaginação do órgão. Para ele, a
Embratur precisa demandar mais integração com o setor privado. “Não haverá turismo
forte se não nos integrarmos com as forças produtivas”, disse Vinícius,
lembrando que há um isolamento do País pela ausência de cadeias internacionais,
principalmente na hotelaria.
O presidente da Embratur mostrou-se descontente com o orçamento de
R$ 17 milhões e disse que estão pedindo R$ 400 milhões. Como parte do esforço
de modernização e reposicionamento do órgão, principalmente para facilitar a
condição de desenvolvimento dos negócios, haverá mais uma mudança de nome, de
Instituto Brasileiro de Turismo para Agência Nacional de Turismo, mantendo a
sigla Embratur.
Vinícius disse que estão trabalhando para
melhorar o ambiente de negócios do País e atrair mais turistas estrangeiros,
gerando empregos e renda no Brasil. “Para isso, precisamos de uma Embratur
forte e mais investimentos para a promoção turística no exterior. O maior
empecilho ainda é a falta de consenso sobre a força do turismo na esfera
pública, além da exigência de visto para países que representam baixo risco
migratório, a conectividade aérea do País, a deficiência da segurança pública e
a barreira do idioma. Estamos batalhando por um novo modelo institucional do
Instituto, que viabilize o cumprimento eficaz de sua missão e responda à altura
dos competidores internacionais”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário