terça-feira, 8 de novembro de 2016

Presidente da Embratur critica o conservadorismo

Mesa dos debates com a presença do presidente da Embratur FOTO: Divulgação
Um dos temas mais atraente do Congresso FESTURIS foi “Integração entre Fronteiras: Potencializando a Economia Compartilhada”. Participaram do debate importantes líderes como o secretário de turismo do RS, Victor Hugo; o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz; o cônsul da Argentina, Carlos Cezar Garcia Baltazar; o presidente da Abav Nacional, Edmar Bull; e o representante da Associação Amigos das Missões, José Roberto de Oliveira.

O painel começou com uma breve história acerca dos jesuítas e índios que foram responsáveis pelas Missões que existem hoje no Rio Grande do Sul, Argentina e Paraguai. Os dois países vizinhos já realizaram ações para valorização dos roteiros jesuíticos, como asfalto e investimentos em marketing. O Brasil ainda não fez nada. "Precisamos resolver essas demandas", disse o representante da Associação Amigos das Missões, José Roberto.

Presidente da Embratur, Vinicius Lummertz
O painel abriu espaço para o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, que manifestou sua insatisfação com a burocracia e o conservadorismo nas ações de preservação, que dificultam licenças ambientais para implantação de equipamentos turísticos. “O Brasil precisa de psiquiatria, disse Vinícius, referindo-se aos impedimentos que travam o turismo”.
“O Pais é rico para ser tão fechado e tão conservador. São poucas ideias, muita intolerância e pouco conhecimento”, disse Vinícius. Com o mesmo pensamento, ele sugeriu derrubar limites e criar um novo ambiente para que as pessoas possam trabalhar. A exemplo das Ongs, Vinícius disse que nós temos Ing – Indivíduo não governamental.  

EMBRATUR – 50 ANOS

Neste ano em que a Embratur está completando 50 anos, seu presidente está ciente da necessidade de uma repaginação do órgão. Para ele, a Embratur precisa demandar mais integração com o setor privado. “Não haverá turismo forte se não nos integrarmos com as forças produtivas”, disse Vinícius, lembrando que há um isolamento do País pela ausência de cadeias internacionais, principalmente na hotelaria.

O presidente da Embratur mostrou-se descontente com o orçamento de R$ 17 milhões e disse que estão pedindo R$ 400 milhões. Como parte do esforço de modernização e reposicionamento do órgão, principalmente para facilitar a condição de desenvolvimento dos negócios, haverá mais uma mudança de nome, de Instituto Brasileiro de Turismo para Agência Nacional de Turismo, mantendo a sigla Embratur.

Vinícius disse que estão trabalhando para melhorar o ambiente de negócios do País e atrair mais turistas estrangeiros, gerando empregos e renda no Brasil. “Para isso, precisamos de uma Embratur forte e mais investimentos para a promoção turística no exterior. O maior empecilho ainda é a falta de consenso sobre a força do turismo na esfera pública, além da exigência de visto para países que representam baixo risco migratório, a conectividade aérea do País, a deficiência da segurança pública e a barreira do idioma. Estamos batalhando por um novo modelo institucional do Instituto, que viabilize o cumprimento eficaz de sua missão e responda à altura dos competidores internacionais”.

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