Enid Câmara e Manoel Cardoso Linhares |
Manoel Cardoso Linhares, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis Nacional (ABIH), apresentou o 60º Conotel 2018, seguido de Ricardo Parente, presidente da Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp), que falou sobre as oportunidades de negócios em torno do Complexo do Pecém e o papel da Aecipp neste contexto
A presidente da Câmara Setorial
da Cadeia Produtiva de Eventos do Ceará (CS Eventos), Enid Câmara, deu as boas
vindas aos palestrantes e convidados para a 56ª Reunião Ordinária da CS
Eventos, realizada na manhã de hoje (25), no auditório da Agência de
Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece). Com muita euforia, Manoel Cardoso
Linhares abriu os trabalhos para falar do Congresso Nacional de Hotéis (Conotel
2018), que acontecerá em Fortaleza, no Centro de Eventos do Ceará (CEC), de 16
a 18 de maio próximo.
Manoelzinho, como é tratado
carinhosamente, está confiante que fará o maior Conotel de todos os tempos, com
número recorde de participantes. Para isto, ele pede o apoio de todos os
setores da cadeia produtiva do turismo para dobrar o número de inscrições de
dois mil para quatro mil. A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo site do
evento: www.conotel.com.br. Este número
foi a aspiração do palestrante no início da reunião. No final, a empolgação
aumentou e ele revelou o desejo de atrair cinco mil pessoas.
Para tornar o evento cada vez
mais atraente, este ano, pela primeira vez, em realização simultânea,
acontecerá a Equipotel Regional, feira de negócios que apresenta novidades nas
áreas de hotelaria, gastronomia e similares. A Equipotel é organizada pela Read
Exhibitions Alcântara Machado, enquanto o Conotel contará com o trabalho e a
dedicação da Prática Eventos, comandada pela empresária Enid Câmara.
Manoel Cardoso Linhares, presidente da ABIH Nacional |
Manoelzinho vive dois momentos
inéditos: o de primeiro cearense a presidir a ABIH em 82 anos da entidade, e o
segundo pela captação do Conotel para Fortaleza, numa disputa com quatro
Estados. Para esta conquista, ele cita a participação do Fortaleza Convention
& Visitors Bureau e dos hoteleiros Régis Medeiros e Eliseu Barros,
presidente da ABIH-CE.
Para fazer um evento do tamanho
dos seus sonhos, Linhares fez o lançamento do Conotel em 23 Estados. Em cada um
ele teve boa acolhida e a promessa da vinda de uma grande representação da
hotelaria local. O desafio de Linhares tem como mérito não só o Conotel em
grande dimensão, mas a credibilidade da ABIH Nacional, que passou por
turbulências em administrações passadas e estava desacreditada. Com apoio
político e dos companheiros de batente, a entidade segue seu caminho como a
mais antiga e prestigiada da hotelaria nacional.
Para justificar a
captação do evento, Linhares fez alguns comentários sobre o turismo,
afirmando que o Brasil é o primeiro país em belezas naturais e precisa sair dos
seis milhões de turistas/ano. Para ele, alguma coisa está errada, pois Cancun
atrai três vezes turistas do que o
Brasil. Linhares acha que o erro está em como fazer o turismo e externou sua
confiança no novo ministro do Turismo, Vinicius
Lummertz, que assumiu recentemente e está prometendo apoio ao Conotel 2018.
Com o desejo de ver o Ceará
crescer, Linhares discorda de a porta de entrada do turista ser o Rio de
Janeiro e diz que a porta de entrada é Fortaleza, pela sua localização
estratégica. O bairrismo continua e Linhares cita o Ceará como modelo para os
outros Estados, com recursos de R$ 40 milhões para investir em divulgação. Com
vontade de fazer acontecer como está fazendo na ABIH, Linhares lembrou o poeta
Patativa do Assaré, se intitula “Cabra da Peste” e diz que o cearense faz a
diferença. No encerramento da exposição, ele citou cada um dos apoiadores do
Conotel, em especial o Sebrae/CE, que vai trazer delegações.
AECIPP
Ricardo Parente, presidente da Aecipp |
Ricardo Parente, presidente da
Aecipp, fez um resumo do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, que tem uma
dimensão que pode se traduzir em orgulho para o povo cearense. É como se fosse
uma cidade vizinha, localizada a 60 quilômetros de Fortaleza, com área de
13.337 hectares, em posição estratégica fantástica, em dois municípios: Caucaia
e São Gonçalo do Amarante. O complexo nasceu em 1995, foi inaugurado em 2001 e
já consumiu investimentos de R$ 29
bilhões. São 13 mil empregos diretos e 39 mil indiretos. Porto e siderúrgica
movimentaram 15,8 milhões de toneladas em 2017 no Porto do Pecém. O volume de
negócios em compras ultrapassa R$ 4 bilhões/ano.
A Aecipp tem dois anos e meio, é
presidida por Ricardo Parente, tem 29 empresas associadas e representa 92% no
PIB do Complexo. Quarenta e cinco por cento dos associados têm investidores
internacionais. O objetivo da Aecipp é fomentar o desenvolvimento regional,
trabalhando com ações de médio e longo prazo. Para isto, foram criados 10
fóruns que envolvem Recursos Humanos, Saúde, Meio Ambiente, Saúde e Segurança,
Logística, Comitê das Águas e Desenvolvimento dos Fornecedores.
Entre os desafios e oportunidades
da Aecipp estão: Parceria com o Porto de Roterdã, Refinaria e Polo
Petroquímico, Unidade de Regaseificação, Tancagens no Pecém e Empresas Satélites
de Apoio. Trabalhando em benefício do associado, a entidade procura gerar o
fator de multiplicação de renda localmente. Parente considera três Ps indispensáveis na gestão de negócios: Pessoas,
Processos e Produtos. O presidente da Aecipp esteve acompanhado do Diretor Executivo,
Ricardo Sabadia.
CS EVENTOS
Enid Câmara presidiu mais uma
reunião da CS Eventos, que tem como finalidade propor, apoiar e acompanhar
projetos e ações, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável do
setor de eventos. A CS Eventos é composta de 26 entidades, que elaboram projetos
para encaminhamento ao Governo do Estado. Estão na pauta, temas relevantes como
unificar a linguagem do turismo, captar eventos internacionais, apresentar
propostas aos candidatos a governador do Estado e resolver questões relacionadas
com feiras junto à Secretaria da Fazenda. Outra pauta mencionada por Enid Câmara
é a concessão do CEC, para evitar desacordos que possam causar problemas ao
setor produtivo. As câmaras setoriais são vinculadas à Adece.
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