Você sabe
o que foi a “Belle Époque”? A expressão compreende a época de 1871 a 1914, na
qual a Europa (sobretudo a França) progrediu abundantemente nos aspectos
tecnológicos, científicos, intelectuais e sociais, o que ocasionou uma
influência cultural sobre variados países do Ocidente, inclusive o Brasil.
Marcada pelo otimismo, a “Belle Époque” foi pano de fundo de construções
ilustres de diversas naturezas, desde a Torre Eiffel e a invenção do avião até
obras literárias que retratam o período.
Uma obra brasileira da atualidade que retrata fielmente a época é
o romance do mineiro Aliel Paione, “Sol e Sonhos em Copacabana”, no qual uma
meretriz se apaixona por um jovem diplomata francês, em um Rio de Janeiro
marcado por mudanças e progressos.
Elencamos dez personalidades memoráveis deste período! Confira
abaixo:
1. Santos Dumont
Mineiro
conhecido como o “pai da aviação”, Alberto Santos Dumont foi aeronauta,
inventor e esportista. O brasileiro foi o criador dos primeiros balões
dirigíveis com motor a gasolina, sendo um mérito reconhecido internacionalmente
pelo Prêmio Deutsch, em 1901, o que o tornou uma das pessoas mais famosas do
século XX. Santos Dumont também foi o primeiro do mundo a decolar de um avião
motorizado.
2. Irmãos Lumière
Os irmãos
franceses Auguste e Luis Lumière, considerados os “pais do cinema”, foram
pioneiros na arte das imagens em movimento. Responsáveis pela criação do
cinematógrafo (máquina que tanto filma quanto projeta imagens), fizeram a
primeira exibição pública de uma imagem em movimento da história, na cidade de
La Ciotat (França), em 1895. Ambos eram engenheiros e filhos de Antoine
Lumière, fotógrafo e fabricante de películas fotográficas.
3. Barão de Coubertin
Outro francês
dessa lista é o Barão de Coubertin, o “pai” dos Jogos Olímpicos modernos.
Pierre de Frédy (seu nome de batismo) era apaixonado por esportes e pela Grécia
Antiga, marcada pela tradição das competições esportivas. O Barão praticava
boxe, esgrima, hipismo e outras modalidades, além de estudar profundamente os
Jogos da Antiguidade, que ocorriam em Olímpia, inspiração que culminou no
nascimento do Comitê Olímpico Internacional, em 1894.
4. Claude Monet
Pintor francês,
Monet foi um dos principais nomes do impressionismo. O termo surgiu durante uma
exposição de arte em 1874, quando seu quadro intitulado “Impressão, Nascer do
Sol” levou críticas por não retratar a realidade da cena de fato, mas sua
“impressão”. A expressão, que inicialmente foi pejorativa, passou a nomear uma
corrente oficial de arte e Claude Monet foi considerado o chefe da escola
impressionista, uma das principais da história da pintura.
5. Émile Zola
Fundador e
principal nome do movimento literário naturalista, o francês Émile Zola se
inspirava na medicina da época e na filosofia positivista. A partir disso, o
jornalista e romancista acreditava que a conduta humana é determinada pela
herança genética e que a realidade deveria ser descrita de maneira objetiva,
por pior que fosse. Entre suas dezenas de obras, destacam-se “O Germinal”
(1885), “A Taberna” (1876) e “A besta humana” (1890).
6. Carlos Chagas
Médico, biólogo,
cientista, pesquisador e sanitarista, o mineiro Carlos Chagas iniciou sua
carreira combatendo a malária, mas ganhou fama ao descobrir, em 1909, o
protozoárioTrypanosoma cruzi,
que causa a enfermidade conhecida como “doença de Chagas”, batizada em sua
homenagem. O brasileiro foi, até hoje, o único a descrever por completo uma
doença infecciosa e ganhou diversos prêmios de instituições de todo o mundo.
7. Albert Einstein
O físico e
teórico alemão é famoso pela sua foto ousada, mostrando a língua, que hoje
estampa até camisetas e, claro, pela teoria da relatividade. Albert Einstein já
produzia ensaios teóricos aos 16 anos, quando escreveu “Sobre a Investigação do
Estado do Éter em Campo Magnético”, em 1895. Posteriormente, desenvolveu a
teoria da relatividade geral e foi laureado com o Prêmio Nobel de Física, em
1921, por sua contribuição à física teórica.
8. Oscar Wilde
Escritor
irlandês, de Dublin, Oscar Wilde é autor da célebre obra “O Retrato de Dorian
Gray” (1891), seu único romance. Wilde criou o movimento estético “Dandismo”,
cuja base se encontrava na ideia de que as preocupações artísticas deveriam ser
ferramentas de combate aos problemas mundanos. O escritor já foi até preso,
naquela época, por ter vivido um caso homoafetivo, e lançou outras obras como
“De Profundis” (1897) e “A Balada do Cárcere de Reading” (1898).
9. Barão do Rio Branco
José Maria da
Silva Paranhos Junior, carioca conhecido como Barão do Rio Branco, foi
professor, político, jornalista, diplomata, historiador e biógrafo. Filho do
visconde do Rio Branco, Barão cursou faculdade de Direito, deu aula de História
do Brasil no Imperial Colégio, foi nomeado promotor público de Nova Friburgo e
foi cônsul-geral do Brasil em Liverpool (Inglaterra), em 1876. Depois de tais
cargos ainda assumiu as Relações Exteriores do Brasil e permaneceu na função
até sua morte, em 1912.
10. Machado de Assis
Entre os 9
romances, 9 peças teatrais, 200 contos e mais de 600 crônicas do carioca
Machado de Assis, encontram-se os célebres livros “A Mão e a Luva” (1874),
“Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881) e “Dom Casmurro” (1899). O criador de
Bentinho e Capitu é considerado por muitos estudiosos o maior nome da
literatura brasileira, sendo um autor completo de obras de todos os gêneros,
além de dramaturgo, jornalista e crítico literário. Autodidata por natureza,
Machado veio de família pobre, mal frequentou o colégio e sequer cursou uma
graduação.
Aliel Paione nasceu em
Varginha, Minas Gerais. É engenheiro, Mestre em Ciências e Técnicas Nucleares
pela UFMG, onde trabalhou no departamento. Atualmente é professor de Física na
PUC. Porém, são atividades secundárias perante o seu amor e vocação literários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário