terça-feira, 29 de setembro de 2020

Profissionais de eventos fazem pedido de socorro com passeata em BH

 Parados há mais de seis meses, trabalhadores do setor mobilizam uma manifestação para o dia 5 de outubro, para chamar a atenção da Prefeitura de Belo Horizonte para liberar a realização de eventos

Obrigados a suspender suas atividades desde o mês de março deste ano, quando a pandemia da Covid-19 começou a assolar o mundo, milhares de trabalhadores do setor de eventos viram suas rendas serem zeradas de forma abrupta. O setor entrou em uma crise sem precedentes. Em algumas cidades brasileiras, o segmento começa a retomar as atividades de forma gradual, mas em Belo Horizonte ainda não existe uma previsão para o retorno. Por isso, os profissionais da área mobilizam uma manifestação para o dia 5 de outubro, a partir das 15h, com uma passeata que reunirá técnicos, produtores, artistas e outros agentes da indústria do entretenimento, que sairão da Praça da Liberdade e seguirão até a porta da Prefeitura Municipal, vestidos de preto e clamando por socorro.

De acordo com Ederson Clayton, que integra a diretoria da Associação Mineira de Eventos e Entretenimento (Amee), o objetivo desta mobilização é unir forças com profissionais e empresas do segmento para gritarem por ajuda ao poder executivo municipal da capital mineira. “O setor cultural é responsável por 2% do PIB brasileiro, e, incluindo os eventos, emprega 5,2 milhões de trabalhadores.  E não há nada que possamos fazer sem que exista um faturamento. Os caixas das empresas estão zerados, não há previsão de receita, mas as responsabilidades e contas continuam existindo. Os salários de funcionários terão que ser pagos (ou possíveis rescisões), assim como os respectivos impostos, além de outras despesas fixas como aluguel, água, luz, comunicação, serviços de manutenção etc. Se nada for efetivamente feito, 2020 será marcado como o ano em que mais empresas de eventos fecharam as suas portas em toda a história. O nosso setor está agonizando”, diz o profissional.

Além da Amee, outras entidades que também estão sofrendo com a falta de previsão de retorno dos eventos também participarão da manifestação, como a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), a Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta), o Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos de Minas Gerais (Sindiprom-MG) e a Associação Brasileira das Empresas de Formatura (Abeform).

“Entendemos a complexidade do momento e estamos planejando todos os cuidados necessários para evitarmos o aumento de casos da Covid-19. Suplicamos ao nosso prefeito pelo direito de trabalhar. Já elaboramos rígidos protocolos que visam a realização dos eventos de forma segura, tanto para o público, quanto para quem estiver trabalhando, como, por exemplo, a limitação de 50% da capacidade dos locais. O nosso setor está agonizando e precisa de uma rápida retomada, para que muitas empresas e empregos não deixem de existir”, completa Ederson Clayton.

Diversos artistas abraçaram a causa e utilizaram as redes sociais para convocar todos os trabalhadores do segmento de eventos para a mobilização. O vocalista do grupo Sorriso Maroto, Bruno Cardoso, gravou um vídeo para ajudar na campanha. “Eu estou aqui para convocar você, que faz parte da indústria de eventos, cultura, arte e lazer, para pedir a sua ajuda para que entre nessa corrente junto com a gente. Venham de preto, porque a gente vai gritar socorro, para que olhem para o nosso setor. A gente precisa voltar a trabalhar”, disse.

MAIS INFORMAÇÕES:

Passeata dos profissionais de eventos e artistas de BH

Data: 5 de outubro, segunda-feira

Horário: a partir das 15h

Concentração na Praça da Liberdade e passeata até a porta da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte 


Nenhum comentário:

Postar um comentário