Imagens sedutoras como estas estão na lembrança dos visitantes, que aguardam um retorno seguro |
Hotéis Rio apresenta balanço da
hotelaria carioca após um ano de pandemia, destacando que no início de março de
2020, a ocupação da rede hoteleira estava em torno de 70%. Em abril, este
índice caiu para 5% e os hotéis começaram a fechar as portas. Em maio, já eram
cerca de 90 hotéis e albergues fora de operação, e mais de 25% dos postos de
trabalho suspensos, permanente ou temporariamente. Cerca de sete hotéis
fecharam as portas em definitivo.
A reabertura dos hotéis começou
timidamente em junho, mas ganhou força a partir de agosto. A retomada, conforme
perspectivas do trade de turismo, se deu pelo turismo doméstico, em viagens
rodoviárias em núcleos familiares. Neste cenário, os hotéis do interior do
estado se destacaram com altas ocupações – respeitando a capacidade permitida –
nos finais de semana. Mesmo com a suspensão dos eventos corporativos, houve
aumento na demanda durante a semana em função da suspensão das aulas e do
trabalho remoto.
Além dos selos estadual e
municipal de orientação dos protocolos sanitários de prevenção à Covid-19, no
final de 2020, a hotelaria esteve envolvida em campanhas promocionais voltadas
para o público interno (“Redescubra o Rio”) e principais mercados emissores (SP
e MG – “Mais Rio por Menos”), com o objetivo de reforçar a marca Rio na
preferência dos viajantes.
O atual cenário da pandemia traz
apreensão para a hotelaria com a chegada da baixa temporada do turismo que, até
então, acreditava-se que poderia ser salva pelo segmento corporativo, o que não
se consolidou em função das medidas restritivas.
No fim de março, para conter o
avanço da doença no município, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou
restrições mais rígidas, em que apenas serviços essenciais puderam funcionar
durante um período de 10 dias. O decreto continuou a permitir o funcionamento
dos meios de hospedagem, porém com o serviço de alimentação restrito aos
hóspedes.
“Nós estamos em uma situação
extremíssima, então, não restaria outra solução senão enfrentarmos esse novo
fechamento das atividades. A liberação dos hotéis ameniza o nosso setor, mas
com a cidade fechada, não muda muito o cenário. Continuamos hospedando pessoas
que estão embarcadas em plataformas e muitos profissionais de saúde, atuando
como uma atividade fundamental neste momento. Estamos conscientes que vamos
funcionar com ocupações muito baixas, e não poderia ser diferente. Para isso,
esperamos ter alguma contrapartida dos governos federal, estadual e municipal
quanto a não cobrança de impostos ou uma postergação", ressalta
Alfredo Lopes, presidente de Hotéis Rio.
Segundo o Hotéis Rio, houve, conforme esperado, queda drástica nos índices de ocupação em função do congelamento do mercado internacional e corporativo e das restrições nos atrativos turísticos, e também nos próprios destinos emissores de lazer, como Minas Gerais e São Paulo, o que naturalmente desestimula os planos de viagens. Em março deste ano, a ocupação média girava em torno de 35 e 40%. Este índice desabou para cerca de 25% logo após o anúncio das restrições, que envolveram praias, shoppings e atrativos turísticos, e na última semana do mês ficou abaixo dos 20% na maior parte dos hotéis apurados. Ainda segundo o sindicato, a rede hoteleira já contabiliza um prejuízo acumulado, no último ano, de, aproximadamente, R$ 1 bilhão e 600 milhões.
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