quarta-feira, 21 de abril de 2021

Sondagem aponta cenário catastrófico para a hotelaria paulista

Mais de 60% dos hotéis, das pousadas e dos meios de hospedagem em geral serão obrigados a demitir entre 20% a 80% do quadro de funcionários, de acordo com sondagem realizada neste mês de abril, pela Associação Brasileira da Indústria Hoteleira do Estado de São Paulo (ABIH-SP).

De acordo com a entidade, o cenário é devastador, tendo em vista que, do mês de julho do ano passado até fevereiro de 2021 a taxa média de funcionários por unidade habitacional de hotéis em operação já reduziu 41%.

ACESSO A LINHAS DE CRÉDITO

Apesar de alardeados, os empréstimos públicos e privados deixaram de atender a 74% dos empreendimentos hoteleiros. A minoria (26%) que conseguiu acessar alguma linha de crédito corresponde a programas de origem pública: Pronampe (8%), Desenvolve SP/Fungetur (5%), Caixa Econômica Federal/Fampe/Sebrae (1%), BNDES (1%) e Proger (1%). Outros 9% foram empréstimos obtidos junto a instituições privadas.

BENEFÍCIOS FISCAIS

A situação da hotelaria no estado é também agravada pela falta dos benefícios tributários pleiteados junto ao poder público em âmbito municipal. Absoluta maioria (83%) dos empreendimentos, até agora, não obteve isenção dos tributos IPTU e ISS, nem acesso a opção de parcelamento para quitação dos impostos em atraso durante os meses da pandemia.

PROGRAMA DO BEM

- 82% dos hotéis, pousadas e meios de hospedagem declaram intenção de aplicar o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) em 2021. 41% vão optar pela suspensão de 100% dos contratos.

FLUXO DE CAIXA

- 72% dos empreendimentos tem fluxo de caixa para manter as portas abertas por um, dois ou no máximo três meses.

Para minimizar os efeitos catastróficos, a ABIH-SP considera urgente que sejam atendidas as demandas reivindicadas pelo setor. Ou seja: 1-) linhas de crédito para capital de giro, sem burocracias; 2-) lançamento do programa do BEm para redução de jornada de trabalho (PL 14020 do Governo Federal); 3-) liberação do Pronampe para financiar a folha de pagamento, também do Governo Federal); 4-) isenção do IPTU para os anos de 2022/23 e 5-) Refis dos impostos atrasados dos anos de 2020/21.

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