terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Iphan encerra 2021 com R$ 87 milhões investidos e recorde de tombamentos e registros de bens

O Sítio Roberto Burle Marx foi reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco
Em momento de retrospectiva, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) encerrou o ano de 2021 totalizando um investimento de aproximadamente R 87 milhões e alcançando a marca de 24 obras de restauração concluídas em todo o Brasil. Em um dos anos mais produtivos de sua história, o Iphan, autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, ainda garantiu a geração de 2.400 empregos diretos em 14 estados.

No campo do patrimônio edificado, foram firmadas parcerias importantes como a cooperação com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para preservação dos bens tombados de propriedade da Igreja Católica, que correspondem a cerca de 30% dos bens acautelados pelo Instituto. Foi fechada, ainda, uma parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para a elaboração de uma norma específica para prevenção de incêndios em equipamentos culturais.

Ainda em 2021, o Patrimônio Cultural do Brasil foi destaque internacional com o reconhecimento do Sítio Roberto Burle Marx como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Cores, contornos e beleza no Sítio Roberto Burle Marx
“Para nós, 2021 foi um período de desafios, mas de muitas conquistas. Não tenho dúvida de que o trabalho realizado tornou o Iphan mais eficiente e acessível ao cidadão, aumentou a publicidade, a qualidade e a celeridade dos seus processos, além de contribuir tanto para preservar o Patrimônio Cultural Brasileiro, como para responder às demandas da população”, resume a presidente do Instituto, Larissa Peixoto. “Tendo o interesse público como principal norte, atingimos marcas históricas e participamos ativamente do desenvolvimento do País, fortalecendo o vínculo que o brasileiro mantém com o Patrimônio Cultural, que é de todos nós”, finaliza.

Alinhado com a diretriz de atender bem o cidadão, o Instituto deu atenção especial à análise dos pedidos de tombamento de edificações, permitindo que os estados ampliassem a lista do Patrimônio Cultural tombado a nível federal. Esses são os casos da Antiga Rodoviária de Londrina (PR); do Edifício Sede da Cruz Vermelha Brasileira, na capital fluminense (RJ); do Conjunto da Tecelagem Parahyba e da Fazenda Sant’Ana do Rio Abaixo, em São José dos Campos (SP); e de dois aviões bimotores tipo Catalina, um situado no Museu Aeroespacial do Rio de Janeiro (RJ) e o outro na Base Aérea de Belém (PA).

Visando à transparência, o órgão investiu ainda mais na publicidade referente à contratação de pessoal, por meio de processos seletivos que passaram a ser amplamente divulgados, permitindo que servidores do quadro efetivo e também de outras instituições pudessem concorrer a posições de chefia. Hoje, 60% da diretoria colegiada é composta por servidores efetivos.

“O sucesso do trabalho desenvolvido pelo Iphan na preservação do patrimônio brasileiro é resultado de um esforço conjunto e incansável do governo federal para valorizar o que temos de melhor. À frente do Ministério do Turismo, vejo de perto o impacto da devolução de bens restaurados no estímulo à atividade turística, permitindo a geração de emprego e o desenvolvimento local por meio do turismo”, avaliou o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.

 PATRIMÔNIO IMATERIAL -- A valorização do Patrimônio Imaterial do Brasil também foi foco da atuação institucional do Instituto, assegurando uma conquista histórica: o reconhecimento Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural. Outros três bens foram reconhecidos: Banho de São João de Corumbá e Ladário, Repente e Ciranda do Nordeste. Com isso, o Iphan chegou à marca de 52 bens imateriais registrados.

Foram realizadas, ainda, nove revalidações de títulos de Patrimônio Imaterial. A revalidação consiste na investigação da atual situação do bem e levantamento de informações para ações futuras de proteção e valorização, o que demonstra a preocupação do Instituto com a dignidade e com a melhoria das condições de vida de produtores e detentores do patrimônio cultural imaterial.

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